Com o novo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) tendo elevado os números dos estoques mundiais de trigo, a expectativa é de que sejam registrados preços menores daqui para frente. Foi isso que informou o especialista Luiz Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica, em seu boletim informativo diário.
“Os dados de Oferta & Demanda mostrados hoje pelo USDA (que, em princípio, valem por 30 dias apenas), nos fazem deduzir que estoques maiores sempre significam preços menores e, no relatório deste mês, houve aumento dos estoques finais tanto mundiais, como dos EUA, que tem forte influência sobre as cotações das bolsas americanas. Esperamos, portanto, preços internacionais menores daqui para frente”, comenta.
Nesse cenário, a previsão para o trigo da safra 2018/2019 dos EUA neste mês é de fornecimento inalterado, mas foram reduzidas as exportações e o uso doméstico. O relatório de estoques da NASS Grain, emitido em 29 de março, implicou menos uso de ração e residual para o segundo e terceiro trimestres.
“O USDA aumentou também os estoques finais da Argentina, que passaram de 0,60 MT para 1,05 milhões de toneladas, por redução das suas exportações em 500 mil tons, embora tenham aumentado em 50 mil tons o consumo interno e em igual volume o uso de rações no país. Isto levará a preços um pouco menores do trigo argentino para o restante da temporada. Os importadores que poderiam aumentar a demanda têm estoques mais altos (vide as setas na tabela)”, indica.
Para o Brasil o USDA manteve os dados inalterados, principalmente as importações de 7,50 milhões de toneladas, que incluem trigo em grão e farinha de trigo em grão equivalentes.Isto significa preços altos até a próxima temporada.
Fonte: www.agrolink.com.br