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Nesta quarta-feira (17), por volta de 7h40 (horário de Brasília), os preços da soja testavam leves altas de pouco mais de 1 ponto na Bolsa de Chicago. A estabilidade segue permeando os negócios internacionais e o mercado busca se reequilibrar depois das perdas de mais de 10 pontos no pregão anterior. Assim, o contrato maio/19 tinha US$ 8,89 por bushel, enquanto o agosto valia US$ 9,09. O mercado e os traders precisam de novas notícias. Até que elas não apareçam, o andamento das cotações deve seguie lateralizado, sem mostrar grandes mudanças. Enquanto isso, segue dividido entre o andamento das relações entre China e EUA e as informações sobre o clima no Corn Belt. "A ARC alerta que, apesar do ritmo semanal (dos trabalhos de campo, com o milho já semeado em 3% da área) se mostrar atrás da média multianual, ainda é muito prematura a preocupação com o progresso de plantio latente. Entretanto, problemas climáticos (chuvas e neve excessivas) continuam impedindo o avanço dos trabalhos de campo, e atrasos poderão ser empilhados nas próximas semanas", explicam os analistas da ARC Mercosul. Os fundos ainda atuando na ponta vendedora do mercado também exigem atenção do mercado neste momento. Ontem, mais vendas ajudaram a pesar sobre os preços, que só no trigo perderam mais de 3% na CBOT. Fonte: www.noticiasagricolas.com.br

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"A palavra que define o mercado físico da soja no mundo é letargia", explica o consultor em agronegócio da Terra Agronegócios, Ênio Fernandes. Com 50% da safra 2018/19 já comercializada, os novos negócios estão extremamente escassos no país e os bons números das exportações brasileiras refletem operações fechadas antecipadamente, com preços que em determinado momento eram mais atrativos para os produtores. Nos portos, as referências continuam no intervalo de R$ 76,00 a R$ 78,00 por saca e, ainda como explica o consultor, para o produtor que garantiu boas produtividades, as margens neste momento ainda são saudáveis. No entanto, insuficientes para fazê-lo participar do mercado novamente. "Com margens mais apertadas, teremos que ser mais eficientes em gestão", completa o especialista. Os atuais prêmios ajudam a ilustrar o atual cenário. Há algumas semanas atuando na casa de 40 a 50 cents de dólar sobre os preços de Chicago, os valores para as principais posições de entrega nos terminais do país recuaram para próximo de 23 cents e também desestimulam os novos negócios. Para março do ano que vem, os prêmios se mostram em apenas 8 cents acima da CBOT, como relata Fernandes. A demanda é presente, no entanto, menos pujante. De acordo com os últimos números da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), o Brasil exportou 5,04 milhões de toneladas nas duas primeiras semanas de abril, com uma média diária de 504,4 mil toneladas. Embora menor do que a média da semana anterior - de 604,6 mil toneladas - o volume diário de embarques supera as 488,5 mil de abril de 2018. As perspectivas iniciais indicavam que o mês poderia bater um novo recorde, inclusive do mesmo período do ano passado - quando o Brasil exportou 10,5 milhões de toneladas. No entanto, esse ritmo mais lento dos novos negócios poderia mudar ligeiramente essa projeção. Ainda assim, em todo o acumulado de 2019 as vendas externas brasileiras de soja somam 22,2 milhões de toneladas, contra 17 milhões do mesmo período de 2018. Embora os volumes sejam maiores neste ano, as comparações do mercado nacional são quase que injustas com o anterior, quando a guerra comercial entre China e EUA registrava um dos seus picos e os prêmios pagos pela oleaginosa do Brasil superavam os 100 centavos de dólar. Em 16 de abril de 2018, a posição de entrega maio tinha 130 cents e a de julho, 140. Nos melhores momentos, os prêmios brasileiros chegaram a marcar até 300 pontos acima de Chicago. Há um ano, as preocupações eram maiores, as especulações mais intensas e a demanda, mais forte. O surto de peste suína africana chegou ao mercado - e ao consumo chinês e de demais países asiáticos - no meio da disputa comercial, alimentando ainda mais a letargia dos preços também no mercado internacional. "Há uma série de incertezas, se tem acordo, se não tem acordo, o clima ruim nos EUA...e a soja continua lá, estática nos US$ 9,00 por bushel em Chicago", diz Ênio Fernandes. Ruim para o produtor, mais difícil ainda para as tradings, ainda como explica o consultor. Segundo ele, as tradings estariam cobertas somente até meados de maio e sua situação se agrava a partir de junho. Quanto mais as negociações são adiadas, mais os embarques começam a coincidir - principalmente entre soja e milho - atrapalhando seus planejamentos, já comprometidos com a falta de venda dos produtores. Além disso, ainda segundo explica Fernandes, as margens dessas empresas estão drasticamente apertadas. "Um produto que custa US$ 350,00 por toneladas hoje dá uma margem de US$ 3,00/t", diz. "O ano passado foi o melhor da história, esse ano há um risco enorme na mesa. O mercado precisa rodar, as tradings precisariam etimular os negócios com prêmios melhores, mas não conseguem passar esse prêmio para frente. E isso pode ficar ainda mais difícil se o dólar cair, o que pode retrair ainda mais o produtor", completa. Para o consultor, o produtor poderia "ter tolerância por pelo menos mais 20 dias", que é quando o mercado climático nos EUA pode pegar um pouco mais de espaço entre os traders em Chicago. Além disso, a safra do Brasil é menor, e o saldo exportável de soja, portanto, também é mais limitado. O que se espera, portanto, é uma escassez de oferta no mercado brasileiro depois do primeiro semestre. Segundo Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting, as exportações deverão puxar altos volumes ainda da oferta brasileira, deixando o mercado interno mais enxuto e, consequentemente, mais disputado. "Isso vai obrigar as indústrias a correr atrás do grão. Estamos em um ano em que deveremos ter também um crescimento da demanda também por farelo e óleo internamente, então não temos condições de continuar exportando nesse ritmo porque vai faltar soja", diz o especialista. Assim, o efeito dessa possibilidade de uma escassez de produto no Brasil só chegará aos preços, segundo Brandalizze, quando o produtor sentir essa valorização da oleaginosa, principalmente, internamente. "E por enquanto, a indústria não está muito agressiva, está comprando da mão pra boca. Ela não está forçando porque é uma fase final de colheita, então não quer forçar essa pressão de compra, esperando fechar para se posicionar e saber como se planejar para atender a demanda até o ano que vem", diz. Este é o momento mais frágil do ano, ainda como explica Brandalizze, que é o momento de mais dívida dos produtores - abril e maio - e depois o mercado entra na questão climática dos EUA - que pode ser favorável para os preços - e a entressafra brasileira que vai acontecer mais cedo este ano em função das exportações muito rápidas. "Os fatores estão alinhados para haver um momento melhor 30 a 40 dias para frente", conclui. China O Brasil se mantém como maior exportador mundial de soja e hoje é o principal fornecedor da oleaginosa para a China, que é o maior comprador do globo. Em todo mês de março, as vendas externas do Brasil foram de 90,09 milhões de toneladas e, como mostra o Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária), deste total, 27,43% foi de soja do estado. "No acumulado até março, Mato Grosso exportou 5,20 milhões de toneladas, 7,71% a mais que o mesmo período em 2018. A China foi o principal destino da oleaginosa produzida pelo estado, sendo o país asiático responsável por 50,33% do total exportado por Mato Grosso, seguido pela Espanha, com 10,95% de participação", mostra o reporte semanal do instituto. E enquanto um acordo não se firma entre chineses e americanos, o consumo da nação asiática, mesmo menos intenso, segue focado no produto brasileiro. "O prazo para a China ter uma decisão rápida já passou e agora é provável que ela demore mais, que não saia tão rápido. Os americanos estão colocando muitas coisas nas negociações e a China buscou alternativas para os produtos dela, buscando novos mercados depois de perder parte dos EUA", explica Brandalizze. Dessa forma, garantindo alguns resultados melhores do que o esperado, a China se reserva no direito de não aceitar tudo o que vem da equipe de Donald Trump e, no caso da soja, segue focada no Brasil, portanto. "Como os chineses estão conseguindo comprar aqui, como mostram nossos números de exportações - com a maior parte dessas vendas à China, que são maiores do que no mesmo período do ano passado - não os obriga a aceitar um acordo sem levar alguma vantagem, somente para liberar compras de soja nos EUA, ela consegue se abastecer no mercado brasileiro", explica o consultor. "E isso, para os chineses, ter o Brasil como fornecedor é uma espécie de carta na manga para eles, continua sobrando soja americana e vai embora a do Brasil", completa. Nos Estados Segundo Ênio Fernandes, os estados mais adiantados na comercialização são Mato Grosso e Goiás. E de acordo com o delegado da Aprosoja MT, Altemar Kroling, na região de Diamantino, os sojicultores já têm algo entre 50% e 60% de sua soja da safra 2018/19 comercializados, e o restante aguardando para voltar ao mercado em momentos mais oportunos a diante. No Maranhão, a situação é semelhante, segundo José Carlos Oliveira de Paula presidente da Aprosoja MA. As negociações neste momento estão paradasm, com o estado já tendo vendido 60% de sua produção. O restante do volume deverá voltar a ser comercializado mais a frente, com os produtores na espera de referências melhores. No Mato Grosso do Sul, Frederico Azevedo, diretor executivo da Aprosoja MS, explica que aproximadamente 58% da soja 2018/19 já comercializada, índice que fica dentro da média histórica. Ao mesmo tempo, com cerca de 35% da comercialização realizada, o Rio Grande do Sul é o mais atrasado nos negócios desta temporada. Fonte: www.noticiasagricolas.com.br

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A produção de soja da Argentina para o ciclo 2018/2019 deve cair cerca de 3%, para 53 milhões de toneladas, devido à diminuição da área, segundo dados do último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). De acordo com os números, a área destinada para o plantio da oleaginosa diminui 1%, para 17,8 milhões de hectares, devido à maior competição de área do milho. “Atualmente, espera-se que as margens do milho para a próxima safra sejam maiores do que as da soja de primeira safra, levando a uma pequena redução na área de soja. Além disso, os preços atuais são insuficientes para impulsionar a expansão da área. Com base em um rendimento médio esperado de 3 toneladas por hectare, o relatório prevê que a produção caia em 3 por cento, para 53 milhões de toneladas”, diz o texto. Além disso, espera-se que os custos da próxima temporada sejam estáveis graças aos preços de entrada relativamente estagnados. No entanto, para as operações que lidam com a resistência persistente das ervas daninhas, especialmente para problemas de qualidade do solo, “seus custos aumentarão devido à necessidade de aplicar maiores controles químicos e fertilizantes a cada estação do ano”. “Os produtores estimam que seus custos de controle de ervas daninhas aumentaram de 50% a 100% nos últimos 5 anos. Em média, os produtores estão gastando entre US $ 30 e US $ 50 por hectare para controlar ervas daninhas”, completa o USDA, indicando que alternativas para esse tipo de controle devem ser concebidas. Estima-se que 70% da produção de soja seja cultivada em área alugada, enquanto os 30% restantes são cultivados por proprietários de terras. “Contratos plurianuais de aluguel estão aumentando devido à sua flexibilidade e capacidade de absorver mudanças de condições. Esses acordos também exigem um plano de rotação de culturas para garantir a saúde do solo”, conclui. Fonte: www.agrolink.com.br

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A quantidade de evidências necessárias para sugerir um efeito carcinogênico dos pesticidas diminuiu constantemente. Essa é uma das conclusões de uma série de estudos realizados pelo Instituto Nacional Francês de Saúde e Pesquisa Médica (INSERM), de acordo com artigo publicado no portal geneticliteracyproject.org. De acordo com os estudos, os argumentos que indicam a segurança dos pesticidas nunca conseguem ser refutados pelos cientistas, ao contrário daqueles que indicam o contrário. Isso porque, a maioria das pesquisas feitas para tentar comprovar a carcinogenicidade dos defensivos compara agricultores com agricultores, e nunca com o resto da sociedade. “O fato de que não houve diferença entre os agricultores que usam e aqueles que não usam pesticidas nunca foi abordado ou foi interpretado como demonstrando ‘contaminação’ do grupo livre de pesticidas, mas mais uma vez sem qualquer prova”, diz o texto. A hipótese inicial de que os pesticidas causam câncer nos agricultores é, de fato, uma hipótese científica, de acordo com os pesquisadores. No entanto, ele pode ser refutado ou validado, medindo a incidência de câncer entre os agricultores que usam pesticidas e comparando com o resto da população. “Mas vimos que essa hipótese tendeu mais para a refutação”, completa. Nesse cenário, as afirmações poderiam ser validadas ou refutadas “ao comparar a incidência de câncer em fazendeiros a de outras ocupações que envolvem atividade física moderada. Ou comparando a incidência de câncer em agricultores que usam pesticidas e agricultores que não usam nenhum. Como nenhuma dessas comparações foi feita até o momento, a irrefutabilidade dessa hipótese permanece inteiramente teórica”, conclui. Fonte: www.agrolink.com.br

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A volatilidade para o mercado de grãos na Bolsa de Chicago conhecida por chegar com as informações de clima no Corn Belt parece ainda não ter aparecido este ano. Mesmo com tantas adversidades já no cenário, os futuros da soja e do milho têm mostrado uma forte resistência em reagir a elas por chegarem em um ano atípico para o mercado e, principalmente, para o comércio de grãos nos Estados Unidos. Já são mais de 13 meses de um mercado apático, desgastado pela especulação e com produtores tão preocupados como talvez jamais estiveram. E essas incertezas e indefinições que rondam os produtores americanos também cercam a evolução dos preços. A safra 2019/20 nos EUA começa com estoques finais estimados em volumes recordes pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). De acordo com seu último boletim mensal de oferta e demanda, os estoques de milho serão de pouco mais de 51 milhões de toneladas e os de soja, de mais de 24 milhões. Ao mesmo tempo, a renda do produtor norte-americana é a menor em mais de cinco anos, o custo da armazenagem é maior - passando de US$ 0,05 para US$ 0,12 por bushel/mês - os agricultores têm sua menor taxa de retorno desde 1977 e muitos não serão indenizados depois das enchentes do final de março. Os seguros não cobrem as áreas ribeirinhas, que foram as mais atingidas e muitos ainda não têm condições de dar início a seus trabalhos de campo por estarem com suas áreas alagadas. Assim, era de se esperar que a volatilidade, de fato, fosse mais intensa entre os futuros dos grãos em Chicago. Não tem acontecido. "Não pensávamos que estaríamos falando de tempestades de neve agora em abril, mas cá estamos. (...) Na verdade, o mercado do milho parece estar hibernando desde a última colheita, com o contrato dezembro tendo oscilado em uma estreita faixa dos US$ 0,25 neste período", explica o analista do portal DTN The Progressive Farmer, Todd Hultman. Usando o milho como objeto de estudo, Hultman percebeu, em um levantamento, que em 14 dos últimos 19 anos, os preços do milho se alteraram - no contrato dezembro - muito mais nos meses de maio a setembro do que de janeiro a abril. E que neste primeiro intervalo, sua média de oscilação era 75% maior do que no segundo período (janeiro-abril). O gráfico a seguir mostra o comportamento semanal dos preços do milho e, no segundo quadro, o comportamento de sua volatilidade em três meses, com uma estreita margem de movimentação. Como explica o analsista, em fevereiro, o cereal registrou sua menor volatilidade desde 1994 e a expectativa é de que isso comece a mudar a partir de maio. "Acredito que isso se dê porque os produtores americanos costumam tomar suas decisões e fazer seu gerenciamento de risco nos primeiros meses do ano, quando têm tempo de estudar um pouco mais o mercado", diz o analista. "No entanto, tomar suas decisões tão cedo é como apostar sem as cartas ainda terem sido distribuídas", completa. E este ano, parece ser ainda cedo para entender por qual caminho a nova safra americana poderá seguir. As condições excessivamente úmidas e o frio intenso poderiam, de fato, provocar uma troca de área de milho para a soja por parte do produtor americano, mas essa ainda não é uma certeza entre analistas e consultores. O que se sabe, até este momento, é que os agricultores terão, inevitavelmente janelas de plantio menores. Quanto menores? Ainda não é possível saber. Mas estados como Minnesota e a Dakota do Sul são alguns dos exemplos mais claros de onde isso poderá vir a ocorrer. As previsões continuam mostrando, afinal, a chegada de mais neve no Oeste dos EUA, prejudicando ainda mais estados que já estão com áreas alagadas. Ainda como explica Hultman, caso o plantio do milho em 2019 se torne, realmente, um problema para os produtores americanos, o principal fator altista para os preços do cereal será o posicionamento dos fundos investidores, ainda posicionados em volume recorde do lado das vendas, como acontece na soja. Clima x Oferta x Demanda De fato, as condições de clima para o início da nova safra de grãos dos Estados Unidos estão longe das ideais e preocupam. Entretanto, o cenário em que esta nova temporada começa a chegar pode preocupar ainda mais. Fonte: www.noticiasagricolas.com.br