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A pesquisa diária do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) Registrou uma nova alta nos preços da soja nos portos brasileiros nesse início de semana, chegando a R$ 82,00. De acordo com o especialista Luiz Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica, um dos principais fatores que suplantaram esse aumento foi uma forte alta na cotação do dólar. “A forte alta de 1,68% do dólar no Brasil, mais a alta média de outros 18 cents/bushel dos prêmios nos portos brasileiros somaram-se à leve alta de 0,03% das cotações da soja em Chicago (vide comentários abaixo) fazendo os preços médios oferecidos pelas Tradings nos portos brasileiros avançarem novamente expressivos 1,85% para a média de R$ 81,18/saca (em Rio Grande chegou a R$ 82,00). Com isto, a alta do mês já atinge 5,65%. Os preços do mercado interno também avançaram 1,51%, para R$ 75,47/saca, fazendo os ganhos do mês subirem para 4,31%”, comenta. Além disso, o especialista explica também que a China fez uma “jogada de mestre” desvalorizando a sua moeda, o Yuan, para facilitar a venda dos seus produtos para outros países. “Por outro lado, este mesmo movimento encareceu as importações, (inclusive de soja), o que poderá ser um fator limitante para a expansão do volume a ser comprado pelas empresas do país. O governo chinês também ordenou que as empresas particulares não comprem mais soja americana, o que contribuiu para o aumento do prêmio no Brasil”, completa. “O relatório de acompanhamento semanal das lavouras, divulgado pelo USDA após o pregão desta segunda-feira, registrou que a soma dos percentuais de lavouras em condição boa/excelente permaneceu inalterado em 54%, na semana terminada no último domingo (4), mas ainda abaixo da média dos últimos 5 anos, que está em 67%”, conclui. Fonte: www.agrolink.com.br

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O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe seu novo boletim semanal de acompanhamento de safras mantendo seu índice de lavouras de soja em boas ou excelentes condições nos EUA nos mesmos 54%. A maior parte do mercado esperava por essa manutenção, porém, alguns especialistas acreditavam até em uma melhora no percentual em 1 ou 2 pontos. Há um ano, porém, esse número era de 67% e a média dos últimos cinco anos, de 63,4%. O reporte indicou que são ainda 33% dos campos de soja em condições regulares, enquanto 10% estão em situação ruim ou muito ruim. Os números também não mostram variação em relação à semana anterior. No caso do milho, o índice de lavouras em boas ou excelentes condições caiu de 58% para 57%, também como previa o mercado. O percentual de campos em condições regulares permaneceu em 30% e os que estão em situação ruim ou muito ruim em 13%. Fonte: www.noticiasagricolas.com.br

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Estável. Foi assim que o mercado da soja fechou o dia na Bolsa de Chicago depois de uma segunda-feira extremamente agitada e volátil em quase todos os mercados. Os últimos movimentos de China e Estados Unidos na guerra comercial chegaram impactando todos os mercados financeiros, de ações e commodities e com a oleaginosa não foi diferente. Mais cedo, o mercado que encerrou os negócios com pequenas variações de nem 1 ponto entre os contratos mais negociados, perdia mais de 10 pontos, levando as cotações aos seus mais baixos patamares desde o final de maio. O mercado sentiu, a princípio, o peso das notícias de que a China pediu às suas estatais que suspendam compras de produtos agrícolas norte-americanos e de que o Banco Central chinês teria permitido, pela primeira vez em mais de dez anos, que o yuan rompesse a marca dos 7 por dólar. A medida promoveu uma pressão severa sobre os futuros da oleaginosa, uma vez que sinaliza uma distância ainda maior entre os dois países para que alcancem um acordo. Para o analista sênior da INTL FCStone, Darin Friederichs, em entrevista à agência internacional, "as grandes compras agrícolas norte-americanas são a maior alavancagem" que a China possui agora, sendo essa sua principal carta. Afinal, "isso afeta diretamente o setor agrícola norte-americano ainda mais, que é uma das principais bases eleitorais de Donald Trump. Se eles reagirem antes da eleição, essa é maneira mais óbvia de retaliação", diz. Na sequência, as previsões climáticas atualizadas no meio do dia indicando condições mais preocupantes para o Corn Belt na segunda quinzena de agosto permitiram que o mercado desse uma pausa nas baixas para retomar seu fôlego e recuperar alguns patamares importantes. A incerteza sobre a realidade e o futuro da nova safra dos Estados Unidos mantém os preços ainda sem uma direção bem definida e também uma cautela maior por parte dos traders no mercado internacional neste momento. "Eu acredito que de hoje e a 12 de agosto, quando chega o novo boletim do USDA, seja difícil o novembro operar abaixo de US$ 8,50", diz Ênio Fernandes, consultor em agronegócio da Terra Agronegócios. "Isso porque não há sinalização da safra americana, qualquer coisa seria um chute", completa. O vencimento fechou o dia com US$ 8,68 por bushel, mas mínima do dia, a posição bateu nos US$ 8,54. O contrato janeiro/20 fechou a segunda-feira com US$ 8,82, enquanto o maio/20, que é referência para a nova safra brasileira ficou em US$ 9,04. SOJA DO BRASIL E por falar em soja brasileira, todo essa escalada das tensões entre Xi Jinping e Donald Trump continuam a sinalizar que a demanda chinesa pela soja brasileira segue forte e com sinais de crescimento. Nesta segunda-feira, a Cofco International projetou uma alta de 5% em suas importações de grãos do Brasil ao ano. A informação foi feita pelo chairman do grupo, que é uma das maiores tradings estatais chinesas, Jingtao Chi, durante o Congresso Brasileiro do Agronegócio, promovido pela ABAG (Associação Brasileira do Agronegócio) e pela B3. “A parceria da nossa empresa com os produtores brasileiros será cada vez mais aperfeiçoada, principalmente agora com um ambiente de negócios mais seguro e estável”, disse Chi em sua participação no evento. Ainda segundo ele, o estreitamento das relações entre China e Brasil é uma realidade que só tende a se intensificar. Somente na semana passada, depois do anúncio de Trump sobre novas tarifas de 10% em US$ 300 bilhões em produtos chineses, foram mais de meio milhão de toneladas de soja brasileira à nação asiática, segundo relatou o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. Essas notícias e esses movimentos têm promovido um espaço de recuperação e retomada dos prêmios no mercado brasileiro, porém, ainda de forma limitada. Ainda como explica Brandalizze, os chineses têm forçado menos nos prêmios observando a compensação que os preços brasileiros têm encontrado no câmbio. O dólar voltou, nos últimos dias, a superar os R$ 3,90 e dar boas oportunidades de comercialização para o Brasil. Nesta segunda, somente nos portos, os preços da soja subiram mais de 1%. Ainda segundo Vlamir Brandalizze, foram registrados indicativos de até R$ 83,00, enquanto na última sexta-feira (2), as referências variavam entre R$ 81,00 e R$ 81,50 por saca. No interior do país, os ganhos chegaram a bater em 3,97%, como foi o caso de Castro, no Paraná, onde o preço da saca foi a R$ 78,50 por saca. A maior parte das principais praças de comercialização registraram ganhos de mais de 1% neste início de semana. "Com as notícias de que os Estados Unidos deverão impor uma nova tarifa de 10% sobre US$ 300 bilhões em produtos chineses, vendedores brasileiros têm expectativa de maior demanda externa. Esse cenário, que aumentou a liquidez, e a valorização cambial elevaram os preços domésticos nos últimos dias", disse o Cepea em seu alerta desta segunda-feira. Entretanto, o presidente da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz Pereira, alerta para os efeitos desse conflito que estão às suas margens. "Enquanto os dois gigantes estão brigando, nós aqui ficamos nessa incerteza, sem saber o que fazer nesse momento. Temos dificuldade de ter a referência na Bolsa de Chicago, e esse é um dos problemas. Se a nossa referência é essa e a soja está represada nos EUA por conta disso, ela começa a jogar os preços para baixo e temos os prêmios aqui (no Brasil) que nem sempre compensam", diz Pereira. E dessa forma, "o chinês está comprando a soja barata, o produtor brasileiro, por uma dificuldade ou outra, tem que vender, os custos de produção estão muito altos, e eles já está planejando a próxima safra, mas nesse momento o produtor está um pouco incerto, do que fazer e como fazer". No link a seguir, veja a entrevista do presidente da Aprosoja Brasil na íntegra, direto do Congresso Brasileiro do Agronegócio, dada a João Batista Olivi. Fonte: www.noticiasagricolas.com.br

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A forte alta de 1,14% do dólar no Brasil, mais a alta média de 15 cents/bushel dos prêmios nos portos brasileiros somaram-se à leve alta de 0,38% das cotações da soja em Chicago para aumentar as cotações brasileiras da oleaginosa. Nesse cenário, os valores dos portos brasileiros avançarem novamente expressivos 1,97% para a média de R$ 80,18/saca. “A China continua empurrando o mercado para cima, embora haja falta de vendas dos agricultores, na Origem. Os prêmios spot estiveram 15 cents/bushel mais firmes na América do Sul, mesmo com a pequena alta de Chicago. Os prêmios subiram significativamente também no mercado de Paper de Paranaguá, onde houve negócios para setembro a +117 (105), Março +45/48 e Abril/maio 40. No mercado CIF (posto portos da China) os prêmios da soja brasileira ficaram em +180x para Set, para soja argentina subiram para 170x e para soja americana a + 205Uno Golfo e 152q nos PNW”, comenta o especialista Luiz Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica. No Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul, o preço da soja começou a semana a R$ 79,50 no porto, com pagamento para 20/08, depois caiu para 78,50 e, nesta sexta-feira, está a R$ 80,40 para 15/08, R$ 81,00 para 30/08, R$ 81,50 para 15/09 e R$ 82,00 com pagamento para 10/10. “Os prêmios de exportação no porto de Rio Grande terminaram a semana ao redor de +112 U9 pagamento agosto. Cerca de 65% das 19,5 MT de soja produzidas no estado já está vendida, restando, portanto 35% algo ao redor de 6,8 MT para ser comercializado ainda”, completa. “Os mercados de commodities não são retilíneos, como os dos produtos acabados, por exemplo, cujos preços mudam apenas de mês em mês. Os preços das commodities mudam de minuto a minuto, devido ao grande número de influências que sofrem (temos um artigo, publicado no Jornal da Coamo, de janeiro e fevereiro de 1978, que descreve em detalhes 27 fatores que influenciam os preços). E tudo muda muito repentinamente, exigindo atenção redobrada dos seus participantes”, conclui. Fonte: www.agrolink.com.br

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A tomada de lucros em Chicago acabou fazendo com que as cotações da bolsa subissem, mas longe de recuperar os níveis da semana anterior, segundo informou o especialista Luiz Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica. De acordo com ele, os Futuros de soja fecharam em leve alta de 3,25 centavos na maioria dos contratos. “O contrato de setembro fechou a $ 850,25 (847,0), com máxima de $ 853,50 (863,75) e com mínima de $ 845,25 (842,25). Já o farelo de soja de setembro também fechou em queda de US$cent 8,0/tonelada para $ 292,4 (293,4). Já o óleo de soja subiu 51 pontos, com o contrato de agosto fechando a $ 28,19 (27,68. Soja e milho expressaram uma tímida recuperação nesta sexta-feira, depois de passar a semana em quedas generalizadas. O trigo se destacou na recuperação”, comenta. Além disso, o especialista informou também que, depois de três sessões de quedas consecutivas acumulando grandes perdas, a soja voltou a subir ligeiramente, mas longe de recuperar os níveis da semana anterior, terminando a semana em queda de expressivos 3,74% ou 33 pontos. “A situação entre EUA e China, longe de solucionar-se, somou uma nova cota de incerteza e possível distanciamento. Nas reuniões celebradas nesta semana não houve nenhum avanço concreto e só houve consenso em realizar outro encontro em setembro”, completa. “No entanto, ontem, quinta-feira, o Pres. Trump irrompeu com ameaças de imposição de 10% de tarifas sobre todos os produtos importados da China que ainda continuam isentos. Por sua parte o novo embaixador chinês na ONU deu a entender que haverá represálias. Assim, voltou a instalar-se o pessimismo no mercado e se diluem as possibilidades de um novo acordo, enquanto mais de 50 MT de soja aguardam escoamento nos EUA”, completa. Fonte: www.agrolink.com.br