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Escassez de matérias-primas deve impactar, em primeiro lugar, o custo dos insumos. Uma série de dificuldades de diversas fontes formou o que muitos tem chamado de “a tempestade perfeita” no segmentos de insumos para a agricultura, provocando aumento de custos em meio a um cenário de escassez de oferta e demanda crescente. Nessa entrevista, originalmente publicada no portal especializado AgroPages, o presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), Julio Borges Garcia, faz um panorama da situação e projeta o futuro do mercado. Que problemas de fornecimento as empresas agroquímicas têm sofrido? A indústria de defensivos agrícolas está enfrentando diversos desafios, ocasionados principalmente pela pandemia de covid-19, mas não apenas por ela. Desde o ano passado até agora, há forte alta nos preços de matérias-primas e embalagens, bem como aumento no custo logístico, tanto nacional quanto internacional. O frete marítimo segue em elevação e os fabricantes já sentem falta de determinadas matérias-primas. A tendência é de piora desse cenário, especialmente olhando para a China, que segue bastante imprevisível. A opção local de fechar fabricantes por meio de políticas ambientais mais restritivas, a crise hídrica que afetou a produção de energia, o tufão e as tempestades que atingiram o país devem aumentar muito a pressão inflacionária dos defensivos agrícolas. No que pode acarretar essa falta de matéria-prima? A escassez de matérias-primas deve impactar, em primeiro lugar, o custo dos insumos, tanto em nível de produção para a indústria quanto no valor final para o agricultor. Diante dos desafios que enfrentamos, estimamos que cerca de 60% dos produtos estão tendo impacto no preço, direta ou indiretamente. Isso deve permanecer no ano que vem. Contudo, as empresas de defensivos seguem focadas em cumprir o seu papel de importância socioeconômica, trabalhando para evitar essa escassez de ingredientes ativos e, assim, oferecer soluções para os problemas que prejudicam a produtividade e a rentabilidade do campo. Quais são os produtos que estão com maior problema? Como entidade que representa a indústria de defensivos, temos recebido relato de nossos associados sobre dificuldades na aquisição de matérias primas em geral tanto por problemas logísticos quanto por problemas de supply chain. As empresas estão buscando outras fontes de fornecimento, mas é importante frisar que esta questão precisa ser aprovada pelos órgãos reguladores competentes. Como avalia o primeiro semestre do ano para o setor, e o que projeta para 2021? No primeiro semestre, a área tratada com defensivos agrícolas aumentou 9,4%, passando de 684,3 milhões de hectares para 748,6 milhões de hectares, com destaque para os inseticidas – que representaram 32% do total. Olhando para o volume dessas aplicações, houve elevação de 7,6%. O total subiu de 439.074 toneladas para 472.436 toneladas, sendo 39% relativo a herbicidas. O valor de mercado, em dólar, diminuiu 7,9%, passando de US$ 5,763 bilhões para US$ 5,308 bilhões. Nesse cenário, a soja representou 31% e os inseticidas 37% do valor aplicado em insumos. Já em moeda brasileira, houve alta de 13% e o patamar subiu de R$ 25,188 bilhões para R$ 28,462 bilhões no período. Nossa projeção é de que a área tratada, que cresceu nos dois primeiros trimestres, continue crescendo no terceiro e no quarto trimestres deste ano. Esse cenário é impulsionado pela alta preocupação que os agricultores estão demonstrando com a incidência de insetos, fungos e plantas daninhas. Até o fim do ano, esperamos crescer em torno de 10% em área tratada. Contudo, ainda não conseguimos prever com precisão a variação em dólar do faturamento da cadeia de defensivos agrícolas este ano. O real ainda está depreciado frente à moeda norte-americana, algo que é acompanhado também pelo aumento no preço de matérias-primas, de embalagens e de frete marítimo. Apenas com a diminuição de câmbio, uma esperança para este ano, será possível pensar no crescimento do mercado em dólar. Fonte: https://www.agrolink.com.br/noticias/brasil-enfrenta-falta-de-agroquimicos_455259.html

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Chuvas acima da média não serão suficientes para normalizar a situação da seca. O mês de Setembro tem como característica um comportamento de transição, mesclando o padrão de circulação entre condições de inverno e condições de primavera. Assim, ainda temos uma boa frequência de passagens de frentes frias com características de inverno e as condições para formação de temporais semelhantes à chuvas de verão. E isso é notável quando analisamos a climatologia - média da precipitação acumulada nos meses ao longo dos anos - e comparando o padrão de setembro com o mês de agosto, as chuvas têm uma distribuição maior, como vemos na comparação da climatologia dos dois meses citados. O realce fica para a grande área em tons de marrom no mês de agosto, com muitas regiões onde a média histórica fica abaixo dos 10 mm. Para setembro este comportamento de clima seco fica restrito ao norte de MG, e no interior e norte da região nordeste. Já em áreas do sul da região norte, grande parte do centro-oeste e sul do sudeste, a tendência climática de setembro aponta para o retorno das chuvas mais frequentes. Especificamente neste mês de agosto de 2021 o cenário das chuvas não foi animador, em boa parte da parcela central do país as chuvas ficaram dentro ou abaixo da expectativa do mês (lembrando que há regiões onde o acumulado do mês é inferior a 10 mm). E as chuvas foram abaixo da média histórica em boa parte da região sul e oeste da região norte. Especialmente na faixa central do RS, os acumulados de Agosto ficaram acima da média do mês, no entanto essas chuvas vieram na última semana, sendo que alguns pontos que registraram acumulados superiores aos 200 mm em um único dia. Apesar disto, houve localidades em que o acumulado do mês superou a média histórica, como ao norte do PA, AP, e norte do MA. O realce fica para a grande área em tons de marrom no mês de agosto, com muitas regiões onde a média histórica fica abaixo dos 10 mm. Para setembro este comportamento de clima seco fica restrito ao norte de MG, e no interior e norte da região nordeste. Já em áreas do sul da região norte, grande parte do centro-oeste e sul do sudeste, a tendência climática de setembro aponta para o retorno das chuvas mais frequentes. Especificamente neste mês de agosto de 2021 o cenário das chuvas não foi animador, em boa parte da parcela central do país as chuvas ficaram dentro ou abaixo da expectativa do mês (lembrando que há regiões onde o acumulado do mês é inferior a 10 mm). E as chuvas foram abaixo da média histórica em boa parte da região sul e oeste da região norte. Especialmente na faixa central do RS, os acumulados de Agosto ficaram acima da média do mês, no entanto essas chuvas vieram na última semana, sendo que alguns pontos que registraram acumulados superiores aos 200 mm em um único dia. Apesar disto, houve localidades em que o acumulado do mês superou a média histórica, como ao norte do PA, AP, e norte do MA. Na composição, vemos diversas projeções elaboradas por diversos centros climáticos ao redor do mundo. Nos mapas as cores em verde apontam para chuvas acima da média e as cores avermelhadas indicam chuvas abaixo da média. Outra análise que se faz imprescindível neste momento, é o acompanhamento da situação das águas no Oceano Pacífico Equatorial que apresenta indicativos para o resfriamento das águas na região, sendo este um fator determinante para a configuração de uma nova La-Niña e consequentemente a alteração no regime das chuvas na entrada de 2022. Confira abaixo o que cada um dos centros meteorológicos estão indicando sobre este cenário. Escritório Australiano de Meteorologia (BOM) “O El Niño permanece neutro com a maioria dos indicadores oceânicos e atmosféricos dentro da faixa neutra. O Índice de Oscilação Sul, ainda mantém valores moderadamente fortes do padrão La-Niña, retornando a valores neutros. A maioria das perspectivas dos modelos climáticos indicam que o Pacífico equatorial central provavelmente esfriará nos próximos meses, mas permanecerá em condições de neutro para o ENSO. Três dos sete modelos pesquisados pelo Bureau indicam que esse resfriamento será suficiente para atingir os limites do La Niña na primavera, mas apenas um deles persiste por mais de um mês.“ Instituto Internacional de Pesquisa para o Clima e a Sociedade (IRI) “A evolução da maioria das principais variáveis atmosféricas são consistentes com as condições neutras do ENSO. A grande maioria dos modelos prevê que a temperatura do mar permaneça fria, mas quase normal, e muitos modelos sugerem um resfriamento das águas até os níveis de La-Niña por algumas temporadas no final do ano. Semelhante, mas muito mais conservador do que a nova perspectiva oficial do CPC / IRI emitida no início deste mês, esta perspectiva objetiva exige que a situação de neutralidade persista, com possível resfriamento adicional seguido por um retorno à neutralidade." Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) “Condições de neutralidade do ENSO estão presentes. As temperaturas da superfície do mar equatorial estão quase abaixo da média na maior parte do Oceano Pacífico. ENSO-neutro é mantido para o restante do inverno (~ 60% de chance na temporada de julho a setembro), com o La Niña possivelmente surgindo durante a temporada de agosto a outubro e durando até o inverno de 2021-22 (~ 70% de chance durante novembro Janeiro). Status do sistema de alerta ENSO: Observação para La Niña.” Fonte: https://www.agrolink.com.br/noticias/setembro-sera-um-mes-chuvoso--saiba-onde_455122.html

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Abaixo estão as principais divulgações do agronegócio e do mercado financeiro no dia, no horário de Brasília. Agronegócio 12h | O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulga o Relatório de embarque semanal. 17h |O USDA também traz a Condição das lavouras dos EUA. • A Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) reporta o Informe de Comercialización Semanal (ICOM Semanal). Mercado financeiro 8h | O Banco Central do Brasil apresenta o Relatório de Mercado Focus. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) atualiza a Sondagem do Comércio - Agosto/2021, o IGP-M - Agosto/2021 e a Sondagem de Serviços - Agosto/2021. • A Agência Nacional de Petróleo atualiza o Levantamento semanal de preço dos combustíveis em todo o Brasil. EUA 11h | A National Association of Realtors divulga as Vendas Pendentes de Moradias. China 22h | A IHS Markit traz o PMI Composto Markit, Industrial e Não-manufatureira para a China. Fonte: https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/agronegocio/296266-agenda-fgv-divulga-nesta-2-feira-o-igp-m-de-agosto.html#.YSzYco5KjIU

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SÃO PAULO (Reuters) - O plantio da primeira safra de milho no centro-sul do Brasil deverá crescer apenas 0,6% em 2021/22 ante o ciclo anterior, para 2,973 milhões de hectares, com produtores avaliando que os custos estão mais altos do que os da soja, cultura que concorre em área com o cereal, estimou nesta segunda-feira a consultoria AgRural. "Mesmo com os preços do milho em nível muito atraente, o custo de produção mais alto em relação ao da soja, num ano marcado por aumento considerável nos preços dos insumos, especialmente dos fertilizantes, pesa na decisão do produtor", disse a AgRural à Reuters. Ainda segundo a consultoria, "o medo de perdas por problemas climáticos" --aos quais a soja costuma ser mais resistente-- e as incertezas causadas pelo avanço do inseto conhecido como cigarrinha "deixam o produtor com receio de aumentar a área dedicada ao cereal na safra de verão, especialmente aqueles que enfrentaram quebra na safra passada". Por conta da menor produção na colheita do ciclo anterior no verão, quando a estiagem gerou perdas, a próxima primeira safra tem potencial de crescer 2,7 milhões de toneladas ante o mesmo período de 2020/21 se o tempo colaborar, para 21,5 milhões de toneladas, ainda que a área fique praticamente estável. A AgRural disse ainda que, dessa forma, o avanço do cultivo do cereal ficará, mais uma vez, a cargo da segunda safra, com colheita no inverno de 2022. A primeira estimativa de área para a segunda safra será divulgada pela AgRural em novembro. Fonte: https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/agronegocio/296315-ag-rural-ve-alta-de-apenas-0-6-no-plantio-da-1-safra-21-22-de-milho-do-centro-sul.html#.YSzYMo5KjIV

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O desenvolvimento sustentável, com ações concretas de respeito ao meio ambiente, deve direcionar a retomada econômica do setor agropecuário no pós-pandemia, segundo representantes de empresários, trabalhadores e pesquisadores ouvidos nesta quinta-feira (26) em audiência pública do Centro de Estudos e Debates Estratégicos da Câmara dos Deputados (Cedes). O chefe da Embrapa Meio Ambiente, Marcelo Morandi, afirmou que a agricultura sustentável não é mais uma opção, mas uma “necessidade imperativa”, sobretudo diante das evidências de mudanças climáticas. Segundo ele, instrumentos de bioeconomia, economia circular e economia verde devem dominar as relações de produção e consumo. “Todas as modalidades convergem para um mesmo modelo de economia, baseado em novos processos e inspirado na própria natureza, onde tudo se recicla e nada é perdido nem desperdiçado”, disse. “Essa nova economia e a agricultura têm muito em comum: ambas são dependentes de sistemas biológicos e renováveis.” Morandi apontou para uma tendência de crescimento no uso de produtos biológicos e de medidores de sustentabilidade na agricultura, dentro do processo de descarbonização da produção. A solução do que chamou de “mazelas”, como o desmatamento ilegal e a perda de alimentos durante a produção e o consumo, também integra essa estratégia sustentável. O Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), aprovado pelo Congresso, e alguns programas governamentais – como o RenovaBio e o Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) – são alguns dos instrumentos já em curso para colocar o País na “rota da bioeconomia”, na opinião dele. Governança Professor sênior de agronegócio do Instituto Insper, Marcos Jank tem posição semelhante e falou dos esforços do setor privado em adotar, na prática, o conceito ESG, sigla em inglês para governanças social, ambiental e corporativa. “As mudanças climáticas e as desigualdades sociais são assuntos críticos para a humanidade. Podem matar muita gente. Por isso, é fundamental unirmos forças para encontrar alternativas para a agricultura. A Embrapa ajudou a fazer uma soja com ciclo mais curto, e nós já temos hoje 17 milhões de hectares de pastos que estão em integração lavoura/pecuária”, declarou. Jank fez críticas a várias esferas de governo pela demora na implantação efetiva do Código Florestal e no combate ao desmatamento ilegal, que ocorre sobretudo em terras públicas. Por sua vez, o consultor de meio ambiente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Justus, disse que a crise de imagem internacional que o Brasil enfrenta na área ambiental não reflete a condição da maioria dos médios e grandes agricultores, que, segundo ele, têm usado a inovação para garantir a sustentabilidade dos sistemas produtivos. Justus queixou-se de problemas regulatórios e administrativos que o setor enfrenta quanto a regularização fundiária e licenciamento ambiental. Agricultura familiar O vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares (Contag), Alberto Broch, defendeu o reforço de instrumentos de segurança alimentar, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). De acordo com Broch, a Contag também aposta no caminho da sustentabilidade. “Concordamos com essas propostas, principalmente o tema da multifuncionalidade da agricultura ligada aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável [da ONU]”. Economista do Incra, Gustavo de Noronha admitiu o alto grau de concentração de terras no Brasil e o impacto ambiental negativo da expansão da fronteira agrícola. Ele defendeu a retomada da reforma agrária, financiada por fundo próprio. Cedes A audiência pública de hoje faz parte de uma série de debates sobre a retomada econômica, com foco em cinco eixos principais: contextualização socioeconômica; avaliação das políticas; papel dos setores; taxa de câmbio e macroeconomia; e financiamento. “O estudo tem como objetivo principal definir o papel do Estado, da iniciativa privada e das organizações da sociedade civil nas estratégias e políticas de recuperação da economia e da geração de emprego e renda no pós-pandemia”, explicou um o presidente do Cedes, deputado Da Vitória (Cidadania-ES). Fonte: https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/agronegocio/296203-sustentabilidade-deve-ser-a-marca-da-agropecuaria-pos-pandemia-dizem-especialistas.html#.YSjkSI5KjIU