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Após a sequência de chuvas ter prejudicado o acesso às lavouras nos últimos dias, o plantio da soja deve se intensificar a partir desta semana no Rio Grande do Sul. Os atrasos ainda são pontuais, já que o grande volume de implantação ocorre em novembro. Mas os produtores que queriam iniciar a tarefa na semana passada tiveram de aguardar a redução da umidade para colocar as máquinas na lavoura. Segundo o presidente da Aprosoja/RS, Luis Fernando Marasca Fucks, ontem o clima foi favorável, com ventos que poderão ajudar a “enxugar” a terra, o que deve permitir que muitos produtores comecem o plantio hoje. Conforme o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), a semeadura da soja vai até 20 de dezembro no Estado. Na largada para a safra 2017/2018, o preço pago pela oleaginosa — hoje cotada a R$ 62 a saca — é o que mais preocupa o produtor. Conforme Fucks, o cenário deixa o sojicultor cauteloso. “É uma safra de preços muito injustos em relação ao custo. Há a possibilidade de haver uma melhora em função da demanda, mas no momento o produtor está muito contido nos seus gastos”, explica. A consequência, segundo o dirigente, será a redução da tecnologia aplicada na lavoura. Um fator extra de preocupação é o fraco desempenho das lavouras de trigo desta safra. Alencar Rugeri, assistente técnico estadual da Emater, alerta para o fato de que alguns produtos utilizados no controle de pragas e doenças estão perdendo a eficiência. “O produtor tem que estar muito atento aos tipos de pragas e de doenças na lavoura para adotar a melhor estratégia”, recomenda. Apesar dos obstáculos, Rugeri acredita que o Estado colherá uma boa safra e que o agricultor não irá reduzir o uso de tecnologia. “Não vai haver nenhum reflexo aparente da diminuição do preço recebido pelo produtor”, observa. Fonte: www.agrolink.com.br

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A sessão desta terça-feira (24) foi negativa aos preços futuros da soja na Bolsa de Chicago (CBOT). Durante o dia, as principais posições da commodity ampliaram as perdas e encerraram o dia com quedas entre 4,75 e 5,25 pontos. O novembro/17 era cotado a US$ 9,75 por bushel, enquanto o janeiro/18 operava a US$ 9,85 por bushel. O março/18 finalizou o pregão a US$ 9,96 por bushel. O diretor da Labhoro Corretora, Ginaldo de Sousa, destaca que a evolução na colheita americana pesou na formação dos preços no mercado internacional. Ainda no final da tarde desta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou que a colheita evoluiu de 49% para 70% até o último domingo. O número ficou acima das apostas dos participantes do mercado, de 65% da área já colhida. O percentual também se aproximou com a média do ano passado, de 74% no mesmo período. Apesar do ritmo acelerado, o diretor ainda reforça que as negociações da safra americana caminham mais lentamente. "Os produtores ainda esperam o patamar de US$ 10,00 por bushel para retornarem aos negócios. Os agricultores ainda aguardam em um problema com o clima no Brasil, porém, caso isso não seja confirmado, terão que voltar ao mercado para comercializar o produto", explica. O cenário, se confirmado, poderá ocasionar uma pressão negativa ainda maior nos preços, conforme destaca o especialista. Em contrapartida, ainda como fator positivo aos preços, a demanda pelo grão americano permanece firme, especialmente por parte da China. "A demanda continua forte e a China vai continuar comprando. Temos uma queda nos preços internos da soja no país, uma vez que, o governo ainda não realizou os leilões, porém, essa é uma situação que não influenciou a formação das cotações no mercado internacional. As compras chinesas seguem fortes e estão acima do registrado no mesmo período do ano passado", destaca Sousa. Soja no Brasil Outro variável que permanece no radar dos participantes do mercado é o clima no Brasil e a evolução da semeadura da soja. As previsões climáticas mostram chuvas se espalhando pela faixa central do país, com bons volumes acumulados. Até o momento, pouco mais de 20% da área estimada para essa temporada foi plantada com o grão no país, conforme dados das consultorias privadas. Em importantes estados produtores, como é o caso de Mato Grosso, a semeadura está atrasada em relação ao ano anterior. Cerca de 25% da área foi plantada, um atraso de 16,45% em comparação com igual período do ano anterior. As informações foram reportadas pelo Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária). Mercado interno De acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, o preço da soja subiu 2,90% nesta terça-feira em Castro (PR). A saca encerrou o dia a R$ 71,00. Em Rio Verde (GO), a valorização ficou em 1,79%, com a saca a R$ 57,00. Já no Oeste da Bahia, o ganho ficou em 1,53%, com a saca a R$ 61,60. No Porto de Paranaguá, a saca subiu 1,39% e bateu R$ 73,00. O preço futuro apresentou ganho de 0,68% e a saca encerrou o dia a R$ 73,50. No terminal de São Francisco do Sul (SC), a alta foi de 1,12%, com a saca a R$ 72,30. Apesar da queda no mercado internacional, os preços foram impulsionados pela valorização cambial. A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,2473 na venda, com ganho de 0,50%. O foco dos investidores permanece na expectativa de aumento na taxa de juros nos EUA e com a cena política no Brasil, ainda conforme dados da Reuters.

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Os custos de produção da soja podem subir até 222% em lavouras infestadas por plantas daninhas resistentes ao glifosato. É o que aponta estudo, realizado pela Embrapa nas principais regiões produtoras do Brasil, que levou em conta tanto os gastos com herbicidas como a perda de produtividade da oleaginosa. “São números alarmantes e percebemos que os produtores estão ansiosos por informação, discussão e solução para a questão de resistência. Geralmente encontramos análises técnicas sobre a questão de resistência, mas nosso objetivo com esse estudo era entender o impacto econômico do problema no dia a dia dos produtores brasileiros”, explica o pesquisador Fernando Adegas, da Embrapa Soja (PR). De acordo com o levantamento, os custos sobem, em média, 42% para as infestações isoladas de buva e 48% no caso do azevém. Se o problema for capim-amargoso resistente, o valor do controle pode aumentar até 165%. Em casos de infestações mistas de buva e capim-amargoso, por exemplo, o aumento médio é de 222%. Atualmente o custo médio do herbicida representa R$ 120 por hectare no Brasil. Em caso de presença de azevém resistente ao glifosato, a necessidade do uso de um controle alternativo associado ao glifosato eleva o custo por hectare fica para algo em torno de R$ 118,60 a R$ 236,70. Já em áreas infestadas com capim-amargoso resistente é necessária a aplicação de graminicidas, o que dispara o custo para aproximadamente R$ 318. Com ocorrência de buva e capim-amargoso juntos, o custo de controle pode chegar a R$ 386 por hectare. “Além do impacto econômico que já é sentido, o produtor precisa tomar medidas para minimizar ou conviver com essa resistência em sua propriedade”, alerta Adegas, que é um dos autores da circular técnica da Embrapa “Impacto econômico da resistência de plantas daninhas a herbicidas no Brasil”. Fonte: www.agrolink.com.br

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Durante as negociações desta terça-feira (24), os futuros da soja ampliaram as perdas na Bolsa de Chicago (CBOT). Perto das 13h06 (horário de Brasília), as principais posições da commodity testavam quedas de mais de 4 pontos. O novembro/17 operava a US$ 9,76 por bushel, enquanto o janeiro/18 trabalhava a US$ 9,86 por bushel. Ainda conforme as agências internacionais, o mercado da oleaginosa é pressionado negativamente pelo avanço na colheita do grão norte-americano. "O mercado é pressionado pelo forte ritmo da colheita norte-americana", destacou a Granoeste Corretora de Cereais em seu comentário diário. No final desta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicou a colheita completa em 70% da área plantada nesta temporada. O número representa um avanço de 21% em relação à última semana, de 49%. O índice se aproximou da média registrada no mesmo período do ano passado, de 74%. O site internacional, Agriculture.com, reportou que "mais do que a concentração no avanço da colheita, os investidores acompanham os rendimentos das lavouras americanas". "O tempo na América do Sul continua a ser observado de perto, enquanto o plantio continua lá", informou o site Allendale. Conforme consultorias privadas até a última semana, em torno de 20% da área prevista para essa safra já havia sido cultivada. Fonte: www.noticiasagricolas.com.br

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Os Estados Unidos deram um novo "golpe" no biodiesel argentino. Depois das taxas médias de 57% sobre a importação que foram estabelecidas no mês de agosto, o Departamento de Comércio do país norte-americano decidiu colocar agora direitos antidumping preliminares que vão de 54,36% a 70,05% sobre o produto da Argentino. O biodiesel havia ficado de fora do mercado dos Estados Unidos após a sanção anterior e, agora, o país sofre um novo revés, já que havia apresentado uma proposta para a suspensão das taxas. "É como se te sentenciassem a 300 anos de prisão, algo impossível de cumprir", disse um operador do mercado sobre as taxas, que ficarão acima de 100%. "Isso é um absurdo, algo injustificado", disse outra fonte do setor industrial. Além do castigo para a Argentina, os Estados Unidos também aplicaram direitos de 50,71% contra a Indonésia, que também vinha exportando biodiesel ao país. Contudo, o Departamento de Comércio deixou a situação aberta a uma negociação, mas que esse acordo será feito somente se houver uma garantia da eliminação do dano para a indústria nacional de biodiesel. Fonte: www.noticiasagricolas.com.br