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Para entender melhor o atual cenário do milho brasileiro o Notícias Agrícolas conversou com o consultor da INTL FCStone, Étore Baroni, neste momento em que colheita da segunda safra de milho está chegando ao final em todo o Brasil. Segundo Baroni, a produção desta segunda safra deve atingir o patamar de 70/72 milhões de toneladas, totalizando 100 milhões de toneladas ao unir os números da safra verão, e cerca de 70% da safrinha já foi negociada, com preços bastante atrativos aos produtores. Já quando olha para as exportações, o Brasil já embarcou 19,5 milhões de toneladas até o mês de agosto, e o analista espera atingir as 25 milhões de toneladas (total registrado em 2018) já em setembro, finalizando o ano com aproximadamente 35 milhões, mantendo o ritmo de alta. Apesar do alto índice exportado, Baroni acredita que não deva faltar milho no Brasil, mas mesmo assim, os preços devem seguir ganhando força, o que garante uma melhor oportunidade ao produtor armazenar o restante de sua produção para buscar vendas em outros momentos. O produtor brasileiro também precisa ficar atento as definições da safra americana. Étore acredita em uma redução na área cultivada e na produção dos Estados Unidos, e que essa incerteza quanto aos números finais de quanto foi efetivamente plantado e quanto será aproveitado na colheita pode indicar uma tendência de alta na Bolsa de Chicago para os próximos meses. Fonte: www.noticiasagricolas.com.br

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O pregão desta sexta-feira (06) encerrou a semana com pequenas baixas nos principais vencimentos, com 3,75 pontos negativos para novembro/19 e 2,75 pontos negativos para março/20. Para Luiz Fernando Gutierrez Roque, analista da Safras & Mercado, a pressão sobre os preços em Chicago não deve mudar tão facilmente, já que os fatores demanda x oferta continuam conflitantes. Para a oferta ele destacou que, apesar das variáveis climáticas nos Estados Unidos que impactaram essa safra, os estoques americanos em agosto de 2020 devem ficar em torno de 20 milhões de toneladas de soja. Na outra ponta da balança, a China não demonstra sinais de que irá voltar a fazer grandes compras dos EUA. Com tanta soja disponível e a baixa procura, o analista vê que dificilmente haverá um movimento de grandes altas nos preços. Apesar da especulação com relação aos números do próximo relatório do USDA, apenas a volta da demanda chinesa daria fôlego para Chicago. No mercado brasileiro, o recuo do dólar para abaixo dos R$ 4,10 acabou pressionando os preços. O mercado físico registrou baixas de R$ 2 a R$ 3 nos preços para fechar a semana e a volatilidade do câmbio dificulta uma previsão de como o dólar irá se comportar nos próximos dias. Tantas mudanças trazem receios aos produtores brasileiros, principalmente nesse momento de início de safra. No entanto, Luiz Fernando ressalta que o ânimo do produtor brasileiro está melhor que há alguns meses atrás. Os preços e as boas vendas das últimas semanas deram bom rendimento e na próxima safra deve haver um aumento de área que pode chegar a 2% ou 3%. A produtividade estimada para a safra 19/20 é de cerca de 124 milhões de toneladas e o analista diz que "É melhor ter uma produção maior, mesmo que a um preço menor, do que ter um preço maior e uma safra menor". Fonte: www.noticiasagricolas.com.br

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Produtores argentinos, ansiosos em meio a um cenário político obscuro e uma turbulência econômica, têm se voltado para a soja, ao invés do milho, mais caro, para cortar cursos, uma mudança que pode impactar a colheita da próxima temporada em um dos principais exportadores globais de grãos. Os fazendeiros dizem que a situação econômica volátil da Argentina e a probabilidade de uma nova administração ao final do ano, após o presidente Mauricio Macri ter sido esmagado em eleições primárias, significam que a soja parece uma aposta menos arriscada que o milho. Os custos para produção de milho estão em cerca de 500 dólares por hectare, cerca de 70% mais que os da soja, disseram consultores locais, uma vez que o cereal exige mais investimento em fertilizantes e novas sementes a cada temporada. A tendência pode pesar sobre a colheita de milho da Argentina em 2019/20 e elevar a produção de soja, disseram analistas. O país, agora no começo da temporada de plantio, é o maior exportador global de soja processada e o terceiro em exportações de milho, atrás do Brasil e dos Estados Unidos. Temores sobre a direção política do governo aumentaram desde que o pró-mercado Macri foi amplamente derrotado em uma primária em 11 de agosto pelo rival peronista Alberto Fernandez, chacoalhando os mercados. Fernandez está concorrendo em chapa com a ex-presidente Cristina Kirchner. Cristina é altamente impopular entre os fazendeiros argentinos após ter restringido exportações e taxado vendas de produtos agrícolas para o exterior durante sua presidência, entre 2007 e 2015. A eleição é em 27 de outubro. “O resultado (das primárias) gerou incerteza e os produtores vão mudar seus portfólios para incorporar culturas de menor custo”, disse o chefe da consultoria AgriPac, em Buenos Aires, Pablo Andreani. O diretor da consultoria Agritrend, Gustavo López, estimou que os agricultores provavelmente reduzirão a área destinada ao milho nesta temporada em 200.000 hectares, para 6 milhões de hectares. Já a soja, que avançaria sobre essa área, atingiria 17,7 milhões de hectares. Fonte: www.agrolink.com.br

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O mercado da soja fechou o pregão desta quarta-feira (4) em alta. Os preços vieram atuando com estabilidade durante todo o dia, intensificaram suas variações no final da sessão para encerrarem o dia com ganhos de pouco mais de 6 pontos entre os principais vencimentos. O novembro foi a US$ 8,75 e o março, referência para a safra brasileira, a US$ 9,01 por bushel. Segundo explicam analistas e consultores, os preços encontraram suporte no movimento de recompra de posições por parte dos investidores, depois das baixas dos últimos dias, com o mercado buscando se reajustar. "O mercado da soja em Chicago nesta quarta-feira, novamente, trabalhando em cima de movimento técnico e apelo misto", explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting. Ainda segundo ele, a baixa intensa do dólar frente ao real também ajudou a motivar as altas na CBOT. Mais sustentação veio de uma venda grande que os EUA fizeram para o México de mais de 450 mil toneladas de soja da safra 2019/20 nesta quarta. A venda foi anunciada pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O mercado segue cauteloso, sem grandes oscilações, na espera de informações mais consistentes, especialmente sobre a nova safra americana. Em paralelo, acompanha sem desvio a guerra comercial entre China e Estados Unidos e cada novo passo de Donald Trump ou Xi Jinping. "Assim como a ARC vem alertando há meses, a Guerra Comercial não está nem perto de um fim. O posicionamento irredutível de Trump dificulta as negociações com os chineses. O Governo da China sabe que postergar os conflitos políticos até as Eleições Presidenciais de 2020 irá adicionar poder de barganha nas negociações", explicam os diretores da ARC Mercosul. PREÇOS NO BRASIL No Brasil, as cotações não caminharam pelo menos caminho nesta quarta-feira, e tanto no interior quanto nos portos os preços testaram os dois lados da tabela. Entre as praças de comercialização pesquisadas pelo Notícias Agrícolas foram registradas altas de até 6,87%, como foi o caso da soja balcão em Sorriso, no Mato Grosso, onde a saca foi a R$ 70,00. Ao mesmo tempo, foram registradas baixas de mais de 1% em praças de Goiás, por exemplo. Entres os portos, destaque para Rio Grande, onde as referências subiram mais de 1%, mesmo com a baixa forte do dólar nesta quarta, para R$ 88,50 no disponível e R$ 89,50 para o mês seguinte. Em Paranaguá, cotações estáveis em R$ 89,00 e R$ 90,00, respectivamente. "Quase nada de negócios nesta quarta. E os poucos que foram comentados andaram com R$ 0,50 de queda frente à terça-feira e assim os vendedores sumiram", resumiu Brandalizze sobre a comercialização nesta quarta-feira no mercado brasileiro. Fonte: www.noticiasagricolas.com.br

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O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Antônio Galvan, afirma que a recente liberação do uso de sementes de soja resistentes ao herbicida dicamba no Brasil pode prejudicar a agricultura. “Isso vai ser o fim da soja convencional, vai ser o fim da soja RR [Roundup Ready], da própria soja Intacta e de outras culturas, inclusive”, disse. A preocupação de Galvan é quanto à volatilidade do produto, que pode ser intensificada pela temperatura. Ele afirma que, em recente viagem aos Estados Unidos, se deparou com agricultores que tiveram seus plantios afetados pela aplicação do produto em áreas vizinhas. “Nós vimos produtor passando a 24°C-25°C graus e dando injúria, dando muito problema em lavoura que não tem essa proteção. O que será que vai acontecer em nosso país, com temperaturas acima de 30ºC, se ele [dicamba] já vem condicionado [aplicação limitada] a até 29ºC?”, pergunta. Sobre a recente ação ajuizada pelo Ministério Público de Mato Grosso para proibir que produtores do estado utilizem herbicidas à base de glifosato, e que coloca a Aprosoja-MT e outras entidades como polo passivo, Galvan afirma que ainda não pôde se inteirar sobre o processo. “Estamos pedindo para advogados darem uma olhada. Mas nós [entidades] somos meros representantes do produtor rural. O Ministério Público está equivocado; se ele tem alguma coisa contra o produto, ele que vá procurar a indústria e processar os órgãos oficiais do governo que aprovam”, diz. De toda forma, o presidente da Aprosoja-MT afirma que as consequências de uma eventual proibição do glifosato seriam imensos. “Imagina você desenvolver 30-40 anos o plantio direto, que foi a grande revolução da agricultura, e perder o princípio ativo com que você consegue fazer isso tudo? Quem está fazendo isso é a própria empresa detentora, para tirar o glifosato do mercado porque ele ficou de domínio público. E se a Anvisa reavaliou recentemente [o glifosato], dizendo que está tudo bem, para que está servindo esse órgão?”. Fonte: www.canalrural.uol.com.br