Notícias

Avaliação do Usuário: 0 / 5

Estrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativa
Por Bernardo Caram BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central decidiu nesta quarta-feira manter a taxa Selic em 10,50% ao ano, em decisão unânime de sua diretoria, e pediu cautela "ainda maior" na política monetária, avaliando também que a percepção dos agentes econômicos sobre o cenário fiscal tem impactado preços de ativos e expectativas de mercado. De acordo com o BC, a atual conjuntura, com tendência de desinflação mais lenta, ampliação da desancoragem das expectativas para os preços e cenário global desafiador, demanda serenidade na condução da política monetária. "O Comitê, unanimemente, optou por manter a taxa de juros inalterada, destacando que o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas demandam acompanhamento diligente e ainda maior cautela", afirmou o Comitê de Política Monetária (Copom) em comunicado. Em relação às contas públicas, o Copom reafirmou que monitora o tema com atenção e que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, impactando a política monetária. No comunicado deste mês, o colegiado passou a destacar que preocupações sobre o tema têm afetado os preços dos ativos do país. "A percepção dos agentes econômicos sobre o cenário fiscal, junto com outros fatores, tem impactado os preços de ativos e as expectativas dos agentes", disse. A nova avaliação sobre o tema das contas públicas foi apresentada mesmo após o governo anunciar um corte de 25,9 bilhões de reais em despesas obrigatórias em 2025 e decretar um congelamento de 15 bilhões de reais nas contas deste ano para respeitar regras fiscais, o que reduziu parcialmente as incertezas nessa área. Para Raphael Vieira, co-head de Investimentos da Arton Advisors, além de observar uma deterioração das expectativas, o BC ainda vê uma maior depreciação do câmbio por conta da desconfiança dos agentes econômicos sobre a política fiscal, um cenário desafiador. "O tom do comunicado veio novamente mais duro, citando a piora nas expectativas de inflação e a importância de uma política fiscal crível para ancorar essas expectativas", afirmou. Na avaliação do economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, a menção de que o Copom pode ficar mais vigilante no futuro se as variáveis de mercado piorarem ou se as expectativas de inflação se deteriorarem "pode ser lido como 'vai subir juros'", "não tem outra maneira de ler isso". Com a decisão desta quarta, a taxa básica de juros segue no menor patamar desde fevereiro de 2022, quando estava em 9,25% ao ano. Após o BC interromper o ciclo de cortes nos juros básicos em junho, o mercado esperava a manutenção da taxa neste mês, com pesquisa da Reuters mostrando que todos os 40 economistas ouvidos apostavam nesse cenário, mas analistas aguardavam para avaliar no tom do comunicado em meio a incertezas sobre a evolução dos preços no país. Desde a última reunião do Copom, o dólar subiu mais de 6% em relação à cotação de 5,30 reais que havia sido considerada pelo BC nas suas projeções em junho, fator que exerce pressão de alta sobre a inflação. Em paralelo, houve piora nas expectativas de mercado para os preços à frente, fator tratado enfaticamente com preocupação pela autarquia porque a deterioração tem ocorrido a despeito de dados benéficos da inflação corrente. Desde a reunião de junho, a previsão para o IPCA de 2025 no boletim Focus passou de 3,80% para 3,96%. O próprio BC piorou nesta quarta-feira suas projeções de inflação em relação a junho, com estimativas passando de 4,0% para 4,2% em 2024 e de 3,4% para 3,6% em 2025. A autoridade monetária manteve em seu comunicado um cenário alternativo que considera a Selic constante no atual patamar ao longo do horizonte relevante. Nesse caso, as projeções de inflação passaram de 4,0% para 4,2% em 2024 e de 3,1% para 3,4% em 2025. O BC ainda passou a apresentar uma projeção para a inflação no primeiro trimestre de 2026, de 3,4% no cenário de referência e 3,2% no cenário alternativo, mencionando que a projeção para seis trimestres à frente está em consonância com a meta contínua para a inflação, implementada pelo governo e que entrará em vigor em 2025. O centro da meta oficial para a inflação neste e nos próximos anos é de 3%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. RISCOS AJUSTADOS No comunicado, o Copom também apontou que a processo de convergência dos preços está perdendo tração ao afirmar que a desinflação do IPCA cheio tem arrefecido, enfatizando que medidas de inflação subjacente, que desconsideram itens mais voláteis, seguem acima da meta. A autoridade monetária avaliou que seu balanço de riscos para a inflação continua a ter fatores que podem pressionar a inflação em ambas as direções, mas fez alterações nos fatores. Entre os riscos de alta, o BC retirou uma eventual maior persistência das pressões inflacionárias globais e passou a incluir uma possível desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado. Outro ponto incluído foi uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada. "Os impactos inflacionários decorrentes dos movimentos das variáveis de mercado e das expectativas de inflação, caso esses se mostrem persistentes, corroboram a necessidade de maior vigilância", disse. A decisão do BC, que cita incerteza sobre os juros nos Estados Unidos entre os fatores que colaboram para um ambiente adverso, ocorreu horas após o banco central norte-americano manter a taxa básica de juros inalterada, mas abrir a porta para reduzi-la já na próxima reunião, em setembro, o que pode indicar um cenário mais benigno para países emergentes. Fonte: https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/politica-economia/382006-bc-mantem-selic-em-1050-prega-cautela-ainda-maior-na-politica-monetaria-e-alerta-sobre-fiscal.html

Avaliação do Usuário: 0 / 5

Estrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativa
Pesquisas do Cepea mostram que as negociações no mercado de arroz em casca do Rio Grande do Sul continuam lentas, devido à disputa entre compradores e vendedores. Segundo agentes consultados pelo Cepea, os atuais valores do produto com 58% de grãos inteiros – acima de R$ 115/saca de 50 kg em algumas regiões – pressionam as margens de lucro de unidades de beneficiamento e dificultam a transmissão de preços ao longo da cadeia. Além disso, algumas indústrias estão se dedicando ao beneficiamento do arroz tailandês, que recentemente chegou ao Brasil. Do lado dos vendedores, conforme pesquisas do Cepea, parte segue restringindo suas ofertas, enquanto outros negociam no mercado à vista a valores elevados. Fonte https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/graos/381920-arroz-cepea-disputa-entre-compradores-e-vendedores-mantem-baixa-liquidez.html

Avaliação do Usuário: 0 / 5

Estrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativa
Com a Argentina impactando o mercado, os negócios estão indo mal no Paraná O mercado da soja do estado do Rio Grande do Sul iniciou a semana com perda de valor, segundo informações da TF Agroeconômica. “No mercado local, as cotações ficaram em R$ 139,00 para entrega em agosto, com pagamento em 30/08, e R$ 139,50 para entrega em agosto/setembro, com pagamento em 09/09. No interior, os preços seguiram as referências de cada praça, sendo R$ 131,50 em Cruz Alta, R$ 131,00 em Passo Fundo, R$ 131,00 em Ijuí”, comenta. Preços em queda e poucas notícias em Santa Catarina. “No estado de Santa Catarina, os valores da soja têm se mantido relativamente estáveis em um contexto geral, mas hoje marcaram recuo junto com as demais posições. Não houve novas notícias específicas ou relato de negócios. O preço no porto foi de R$ 129,00 (-2,00), Chapecó a R$ 117,00”, completa. Com a Argentina impactando o mercado, os negócios estão indo mal no Paraná. “O mercado registrou perdas expressivas de até 22,75 pontos nesta segunda-feira, refletindo muita volatilidade negativa e um volume relativamente baixo de negócios. Os preços operaram em queda durante a maior parte do dia, influenciados principalmente por fatores já conhecidos, como as boas condições climáticas nos Estados Unidos e as questões envolvendo as retenções na Argentina. Assim não se viu nada interessante no Paraná”, informa. Enquanto isso, os preços seguem com poucas movimentações no Mato Grosso do Sul. “Segundo relatos da região o dia foi completamente morto em termos de negócios. Dourados R$ 125,00 (-2,00). Campo Grande: R$ 125,00. Maracaju: R$ 124,00. Chapadão do Sul: R$ 122,00 (-2,50). Sidrolândia: R$ 124,00”, indica. O mercado voltou a recuar no Mato Grosso e os negócios seguem parados nesse começo de semana. “ A comercialização em comparação com outras regiões avança bem, mas com volumes bastante inferiores aos do ano passado. Campo Verde: R$ 123,50 (-1,00). Lucas do Rio Verde: R$ 120,40 (-1,70). Nova Mutum: R$ 121,00 (-1,60). Primavera do Leste: R$ 123,90 (-1,10). Rondonópolis: R$ 126,00 (-1,00). Sorriso: R$ 119,80 (- 1,30)”, conclui. Fonte: https://www.agrolink.com.br/noticias/soja-inicia-semana-sem-muitas-movimentacoes_493496.html

Avaliação do Usuário: 0 / 5

Estrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativa
O mercado de milho do estado do Rio Grande do Sul registrou negócios a noroeste, mas apresenta lentidão, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Mercado bastante lento neste início de semana. Indicações de fábricas hoje com preços estáveis: Santa Rosa a R$ 64,00; Não-Me-Toque, Marau e Gaurama a R$ 65,00; e Frederico a R$ 63,00. Negócios ao noroeste do estado no CIF fábrica em pelo menos 2 mil toneladas, a R$ 65,00, com entrega imediata. Ademais, mercado bastante lento, com produtores pedindo a partir de R$ 63,00 no FOB interior”, comenta. Em Santa Catarina o dia demonstra lentidão e fábricas encontram dificuldade em achar milho diferido. “Produtores com pedidas ao menos R$ 2,00 acima, em que compradores hoje indicam a partir de R$ 60,00 no interior e R$ 61,00/62,00 CIF fábricas. Rumores de negócios a R$ 62,00/62,50 no CIF oeste. Nas indicações, Chapecó a R$ 63,00; Campos Novos R$ 64,50; Rio do Sul a R$ 65,00; Videira R$ 63,00”, completa. No Paraná, o interior melhora indicações diante do aumento de competitividade do porto. “Mercado com bons movimentos aparentes no porto. No interior, indicações maiores em reação a prêmios porto mais interessantes. No norte, indicações a R$ 55,00 (+R$ 1,00); Cascavel a R$ 55,00 (+R$ 2,00); Campos Gerais R$ 59,00; Guarapuava a R$ 58,00 (+R$ 1,00); Londrina R$ 57,00. Relatos de negócios a R$ 55,00 no sudoeste, em pelo menos 5 mil toneladas FOB interior”, indica. Nesse contexto, as tradings se demonstram mais agressivas e o Mato Grosso do Sul roda milho entre R$ 47,00/49,00. “Em Maracaju, indicações de R$ 47,50 (+R$ 0,50); Dourados a R$ 48,00 (+R$ 1,00); Naviraí R$ 47,00 (+R$ 2,00) e São Gabriel a R$ 48,00. Tradings levaram bons volumes entre o agosto e setembro, em preços FOB, principalmente ao sul. Segundo relato de correspondentes, ao menos 10 mil tons foram vistas em negócios, em preços partindo de R$ 47,00 a R$ 49,00, a depender do vencimento. Não ouvimos negócios neste início de semana”, conclui. Fonte: https://www.agrolink.com.br/noticias/como-o-milho-iniciou-a-semana-_493498.html

Avaliação do Usuário: 0 / 5

Estrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativa
Ocaso de doença de Newcastle detectado no município de Anta Gorda (RS), está sob controle e não deve desacelerar de forma expressiva as exportações de frango do Brasil. A avaliação foi feita pelo presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, em entrevista ao CBN Agro, na rádio CBN, terça-feira (23/7). Segundo ele, no pior dos cenários, o prejuízo pode ser deixar de exportar 50 mil a 60 mil de toneladas no mês inteiro. O cálculo, diz Santin, foi feito com base nos mercados para os quais ainda está em vigor o embargo total de exportação de carne de aves: China, México e Argentina. Por outro lado, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), avança em reuniões com autoridades chinesas para regular as exportações nos próximos 15 dias. "Nosso levantamento mostra o prejuízo nos mercados que já tem um protocolo [mais acirrado], como na China. Mas temos que olhar que produção do Brasil é 1,24 milhão de toneladas por mês, dos quais 410 mil toneladas, em média, vão para o exterior. Com isso, o número de 50 mil toneladas não é tão grande a ponto de deixar esse frango mais barato ou causar maiores dificuldades", explicou. O presidente da ABPA, no entanto, reafirmou que empresas e produtores têm perda de rentabilidade para empresas e produtores, porém considera "algo que está dentro do padrão" regulado diante da doença causada por uma secreção de pombo. Santin lembrou que apenas uma ave foi diagnosticada com a enfermidade e todas as medidas de segurança estão sendo tomadas no Rio Grande do Sul. "Foram 12 amostras coletadas em uma granja de 14 mil aves e só uma deu positiva. Apesar de falarmos em foco, esse é um achado ocasional, com vírus de pombo que entrou lá pelas enxurradas recentes, derrubou o teto e acabou quebrando as práticas de biosseguridade que protegem o rebanho e nos mantinham sem essa doença até agora", detalhou. Protocolos redobrados O dirigente pede que os protocolos de biossegurança sejam redobrados, como o impedimento de visitas às propriedades aviárias e cumprimento dos protocolos determinados pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Hoje, o Brasil é o maior exportador de carne de aves do mundo. Vende para 150 países e tem uma participação de 37% no mercado global. "Precisamos ter a noção da responsabilidade de mater a segurança alimentar do nosso país e dos parceiros comerciais", reforçou Santin. No país, são abatidos 25 milhões de aves por dia, o que torna pequeno o número de animais sacrificados por causa da doença de Newcastle, argumentou Santin. Segundo ele, veterinários credenciados que seguem com os trabalhos de inspeção não identificaram até agora nenhuma outra ave com algum sintoma da doença. A ABPA espera que até está quinta-feira (25/7), o Mapa já tenha novidades sobre os embargos de exportação total. Outros parceiros, como países da Europa e Japão, já estão com protocolos reduzidos, pois é o Brasil que determina, e podem importar as carnes de aves, com exceção daquelas provenientes de um raio de 10 quilômetros de Anta Gorda (RS). Produtores de municípios ao redor de Anta Gorda (RS), onde foi diagnosticado o foco e que ainda está com barreiras sanitárias no raio de 3 quilômetros, falaram à Globo Rural que ainda nem se recuperaram da tragédia climática de maio e que o aviso da doença preocupou. É o caso de Odair Dorigon, que tem um aviário em Ilópolis (RS), a cerca de15 quilômetros de Anta Gorda. Apesar do local estar fora do raio de proibição, o criador mencionou que os últimos dias foram de 'burburinhos' e alertas sobre a Newcastle. "Nós depois das enchentes, fomos muito afetados, estamos parados desde que começou a chuvarada. Está tentando voltar a criar agora, e o pessoal já vinha sendo mal remunerado pelas empresas e agora com essa doença vai complicar a retomada de quem parou", conta ele à reportagem. O produtor também confirmou que associações gaúchas, ao longo dos últimos dias, enviaram áudios e comunicados por WhatsApp para tranquilizar produtores de aves da região. "O lado bom disso tudo é o alerta para todos os governos com os criadores de frango que não têm sido valorizados pela grandeza que atinge tantos mercados", diz o criador. Fonte: https://agronoticia.com.br/noticia/24007/brasil-pode-ficar-sem-exportar-cerca-de-60-mil-toneladas-de-frango.html