Nesta quinta-feira (18), a estabilidade observada na Bolsa de Chicago entre os preços da soja parece ter se estendido para as referências no interior do Brasil. Nas principais praças de comercialização do interior do país, as cotações da oleaginosa permaneceram inalteradas e com o volume de negócios ainda bastante limitado. As operações estão fracas tanto com o remanescente da safra velha, como com a oferta da temporada 2019/20.
O mercado vem registrando apenas pequenas variações pontuais diante de uma busca por direção dos futuros da commodity na Bolsa de Chicago e de incertezas que rondam também o mercado cambial neste momento. A cena política aquecida internamente, principalmente em função do avanço da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, também mudou a trajetória do dólar e o movimento pesa diretamente sobre a formação dos preços nacionais.
Somente nesta quinta, a perda da moeda americana foi de quase 1% para R$ 3,729 e, apesar da estabilidade no interior - com baixas apenas localizadas, nos portos as cotações recuaram. Em Paranaguá, a soja disponível foi a R$ 77,50 por saca, com queda de 0,64% e para agosto, R$ 78,00, com queda de 1,27%. Em Rio Grande, R$ 77,50 e R$ 78,50, respectivamente, com perda de 0,64% e estabilidade na referência do mês que vem.
Algumas praças como Assis, em São Paulo, perderam 0,57% para R$ 70,00 a saca, São Gabriel do Oeste/MS, com baixa de 2,24% e R$ 65,50 ou Sorriso/MT, com queda de 1,59% para R$ 62,00.
Para o economista chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, a trajetória de queda do dólar a partir de setembro poderia levar a divisa aos R$ 3,50 no final do ano e esse é uma perna da formação dos preços que merece atenção redobrada do produtor brasileiro neste momento. Segundo ele, os ajustes na reforma da Previdência e mais a possível alta dos juros nos EUA serão determinantes para a intensidade do recuo do dólar.
Fonte: www.noticiasagricolas.com.br