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Trajetória de queda do dólar pode chegar ao final do ano entre R$ 3,60 e R$ 3,50
A tendência é que a queda do dólar deve ser consolidada a partir de setembro e pode chegar ao final do ano cotado entre R$ 3,65 até R$ 3,50 em função da reforma da previdência no Brasil e a queda dos juros nos Estados Unidos.
O economista chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, ressalta que a liberação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) é um movimento importante do governo e é um dinheiro da população. “Essa injeção de recursos vai impactar em curto prazo e podemos ter um final de ano melhor com menos pessoas endividadas”, afirma.
É importante dar um impulso na economia já que a atividade econômica não conseguiu preencher o vácuo que o governo cumpria antigamente. “O governo fazia esse estimulo da atividade econômica com os gastos através do endividamento. Porém, o setor privado ainda não conseguiu preencher esse vazio e existem muitas expectativas em relação à política”, comenta.
Além do recurso do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço também tem o PIS/PASEP que totaliza um volume de 60 bilhões de reais. “Geralmente, esse tipo de recurso tem um impacto trimestral e é importante que as pessoas que recebam esse dinheiro fiquem o menos endividado possível”, destaca.
A aprovação da Reforma da Previdência deve proporcionar mais investimentos e volta do investidor ao Brasil. “Se neste período os juros americanos estiverem caindo, há uma possibilidade que isso aconteça em setembro, e países como o Brasil se torna o alvo preferencial em termos de investimentos globais”, pontua.
Possibilidade de juros menores nos EUA empurra dólar a mínima em 5 meses ante real
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou no menor nível em cinco meses ante o real nesta quinta-feira, com investidores se desfazendo da moeda norte-americana em meio a expectativas de que a divisa caia mais conforme os Estados Unidos caminham para reduzir os juros.
Quanto menor os juros nos EUA, mais atrativas se tornam as aplicações em outros mercados, como os emergentes, o que potencializa chances de fluxo de capital a países como o Brasil. Com maior oferta de dólares, o preço da moeda tende a cair.
O real foi uma das moedas de melhor desempenho na sessão. O dólar à vista caiu 0,86%, a 3,7293 reais na venda, no menor patamar de fechamento desde 20 de fevereiro (3,728 reais).
No exterior, o índice que mede o valor do dólar frente a uma cesta de divisas, cedia 0,52%.
O dólar teve oscilações mais moderadas mais cedo. Por volta das 15h passou a cair mais intensamente, após comentários de autoridades do Fed no sentido de necessidade de ação mais rápida do para conter desaceleração da maior economia do mundo.
O presidente do Fed de Nova York, John Williams --também vice do Fomc--, disse que os formuladores de política monetária precisam adicionar logo estímulos para lidar com inflação muito baixa quando as taxas de juros estão próximas de zero e não podem esperar que ocorra um desastre econômico.
O vice-presidente do Fed, Richard Clarida, praticamente repetiu as palavras de Williams ao dizer que as autoridades podem precisar agir logo para estimular a economia dos EUA como uma apólice de seguro contra crescentes riscos.
"As falas de John Williams de forma inequívoca indicam um afrouxamento da política monetária em julho, e a probabilidade de corte de 0,50 ponto percentual subiu significativamente", disse Marc-André Fongern, chefe de pesquisa de câmbio da MAF Global Forex, consultoria de comércio internacional em Londres.
"Isso sem dúvida resulta numa sustentada depreciação do dólar", completou.
Fonte: www.noticiasagricolas.com.br