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Na próxima década, o Brasil vai produzir 300 milhões de toneladas de grãos, ou seja, mais 62,8 milhões de toneladas (27%). O crescimento anual deverá ser de 2,4% até 2028/29. Os números são do estudo Projeções do Agronegócio, Brasil 2018/19 a 2028/29, da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, atualizados em julho deste ano. O estudo leva em consideração para os cálculos a produção de grãos de 236,7 milhões de toneladas, segundo levantamento de maio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). De acordo com José Garcia Gasques, coordenador-geral de Avaliação de Políticas e Informação do ministério e um dos pesquisadores das projeções, o aumento virá, principalmente, do cultivo de soja e de milho nos estados do Mato Grosso (+129,5 mil toneladas) e do Paraná (+ 64 mil toneladas). Produtividade A produtividade da agricultura (Produtividade Total dos Fatores – PTF) deve crescer no próximo decênio a uma taxa anual de 2,98%, pouco abaixo da calculada para anos anteriores. “Além disso, testes realizados sobre os impactos de políticas mostram que entre outras medidas, os investimentos em pesquisa e as exportações do agronegócio são as principais variáveis impactando positivamente na produtividade”, destaca Gasques. O coordenador também cita o crédito rural e os preços agrícolas como fatores significativos para o aumento da produtividade. O crescimento da produção agrícola no Brasil deverá continuar ocorrendo com base na produtividade. “Em grãos, esse fato é verificado ao observar que para os próximos dez anos, a produção está prevista crescer 27% e a área plantada, 15,3%”. Com base na produtividade, a maior alta deverá ocorrer no norte e no centro nordeste do país. O mercado interno, juntamente, com as exportações e os ganhos de produtividade, também irão alavancar o crescimento nos próximos dez anos. A pesquisa usou dados da Conab, Embrapa, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (United States Department of Agriculture/USDA, sigla em inglês), Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Dinâmicos Os produtos mais dinâmicos do agronegócio brasileiro (com maior crescimento) deverão ser carne suína, soja em grão, algodão em pluma, celulose, milho, carne de frango, leite e açúcar. Entre as frutas, os destaques são para a manga, uva e maçã. As carnes (bovina, suína e de frango) devem passar do volume atual de 26 milhões de toneladas para 33 milhões de toneladas, alta de 27%. As carnes suínas e de frango são as que apresentam maior destaque nos próximos anos, com incremento de aproximadamente 28% cada uma. Regiões A maior expansão de produção se dará no Centro-Oeste: de 107,4 milhões de toneladas para 143 milhões de toneladas, com projeção de ganhos de produção de 33%. Na Região Sul, o aumento será de 20% na produção de grãos, saindo de 78 milhões toneladas para 93,6 milhões toneladas. A Região Norte crescerá 30% no período estudado, de quase 10 milhões de toneladas para 12,7 milhões de toneladas. Entre os grandes estados produtores, Mato Grosso continuará liderando a expansão da produção de milho e soja no país, com aumentos previstos de 35,4% e 43,1%, respectivamente. “O acréscimo da produção de milho deve ocorrer especialmente pela expansão da produção do milho de segunda safra”, explica Gasques. O interesse pelo grão ocorre por causa da expansão da indústria do etanol de milho, principalmente no Centro-Oeste, e também como suprimento de ração animal por meio do DDG (Dried Destilers Grains), que é um subproduto rico em proteínas e fibras fornecido como alimento a bovinos, suínos e aves, exemplifica o coordenador. A soja, carro-chefe do setor, deve ter forte expansão em estados da Região Norte (Tocantins, Rondônia e Pará). No Pará, a produção deve aumentar 51,3%; em Rondônia, 55,9%; e em Tocantins, 57,78%. Contribuem para isso a atração pela cultura e a abertura de novos modais de transporte nos próximos anos. Fonte: www.agrolink.com.br

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O Paraná, maior produtor de trigo do Brasil, reduziu nesta quarta-feira sua estimativa de safra do cereal em 15,8%, para 2,72 milhões de toneladas, devido a geadas ocorridas no início do mês, informou o Departamento de Economia Rural (Deral), órgão do governo do Estado. Com a redução de cerca de 500 mil toneladas na estimativa em relação à projeção de junho, a importação do cereal pelo país deverá aumentar, acrescentou o especialista em trigo do Deral, Carlos Hugo Godinho. “A importação deve crescer na mesma proporção da quebra de safra, talvez um pouco menos, depende da qualidade”, afirmou ele à Reuters, lembrando que o Estado por vezes também exporta alguns volumes e agora pode deixar de realizar tais vendas externas. O Brasil é um dos maiores importadores globais de trigo, com importações estimadas antes das geadas em mais de 7 milhões de toneladas, comprando a maior parte de suas necessidades na Argentina. Já o Paraná costuma produzir mais da metade do cereal brasileiro. No ano passado, o Estado produziu 2,8 milhões de toneladas, quando seca e geadas também reduziram a produção. Godinho disse que, se as condições climáticas não piorarem, é provável que o Estado colha o volume estimado atualmente. A colheita começa no final de agosto e se intensifica em setembro. A qualidade do cereal, em função das geadas, deverá ser verificada posteriormente. Fonte: www.agrolink.com.br

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Após muitas movimentações ao longo do dia, os preços internacionais do milho futuro encerraram a terça-feira (23) com valorizações na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram altas entre 3,25 e 4,75 pontos. O vencimento setembro/19 teve alta de 3,25 pontos valendo US$ 4,25, o dezembro/19 valeu US$ 4,31 com elevação de 4,75 pontos e o março/20 foi cotado à US$ 4,40 com 4,75 pontos de valorização. Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última segunda-feira, de 0,71% para o setembro/19, 1,17% no dezembro/19 e 1,15% para o março/20. Segundo análise de Ben Potter da Farm Futures, os preços do milho subiram moderadamente na terça-feira em algumas compras técnicas, já que traders estão cautelosamente otimistas em relação a uma nova rodada de negociações face-a-face entre os Estados Unidos e a China na próxima semana. “Esta manhã, o Secretário do USDA Sonny Perdue anunciou que os agricultores qualificados receberão pelo menos US$ 15 por acre como parte de um pacote de ajuda para mitigar as perdas da guerra comercial entre EUA e China. Perdue disse que mais detalhes serão divulgados no final desta semana”, aponta Potter. O clima nos Estados Unidos centrais parece ter se normalizado e deve continuar relativamente suave esta semana, com máximas diurnas abaixo do normal na maior parte da região. Será difícil de encontrar chuva no Meio-Oeste e nas Planícies nos próximos três dias, de acordo com o mais recente mapa cumulativo de precipitação de 72 horas da NOAA. “O clima é visto como não ameaçador e as condições das colheitas estão começando a melhorar”, diz Al Kluis da Kluis Advisors. De acordo com informações da Agência Reuters, o mercado deve seguir sem grandes novidades até o dia 12 de agosto, quando o USDA irá divulgar um novo relatório de oferta e demanda, que irá incluir uma atualização sobre a área cultivada em 13 estados. “Os mercados estão esperando até lá”, disse Matt Connelly, da Hightower Report. Fonte: www.noticiasagricolas.com.br

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Nesta terça-feira (23), o mercado da soja teve quedas de 2 a 2,5 pontos nos principais vencimentos na Bolsa de Chicago (CBOT). Essa queda vem após a divulgação de um relatório de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que mostra que as condições de lavoura não estão boas. Contudo, a demanda está fraca, como salienta Ginaldo de Sousa, diretor do Grupo Labhoro. Os chineses não vêm comprando nos Estados Unidos e, mesmo com as informações do USDA, esse fator acabou influenciando mais sobre o mercado. Sousa ressalta ainda que novos processos devem ser discutidos a respeito das negociações com a China, já que nada foi resolvido sobre a guerra comercial. A longo prazo, ele acredita que isso pode ser positivo, já que o ano comercial norte-americano se encerra em 31 de agosto. Há pouca soja disponível no Brasil e o diretor não acredita que os chineses devam continuar comprando para fazer com que os preços fiquem mais altos. Fonte: www.noticiasagricolas.com.br

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O mercado da soja opera em baixa nesta segunda-feira (22) na Bolsa de Chicago. As cotações perdiam mais de 6 pontos nos principais contratos e, por volta de 7h40 (horário de Brasília), o agosto tinha US$ 8,95 e o novembro, US$ 9,13 por bushel. Depois de um final de semana de calor intenso e tempestades nos EUA, as previsões atualizadas no último domingo indicam condições favoráveis para o Corn Belt nos próximos dias e pressionam os preços neste início de semana. "Com isso, traders devolvem parte dos ganhos de sexta-feira. A queda é limitada porque há especulação em relação a possíveis avanços nas negociações entre EUA e China", explica o diretor da Cerealpar, Steve Cachia. De acordo com rumores que circulam pelo mercado, compradores chineses já estariam buscando se informar sobre novas compras de soja norte-americana, o que, se confirmado, poderia trazer um bom estímulo aos futuros da commodity. Ainda nesta segunda, atenção aos números que chegam após o fechamento do pregão, no relatório semanal de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) às 17h (Brasília). A expectativa do mercado é de que o índice de lavouras em boas ou excelentes condições permaneça em 54%. Para o milho, se espera uma ligeira alta, de 58% para 59%. Fonte: www.noticiasagricolas.com.br