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or Naveen Thukral e Mei Mei Chu CINGAPURA/PEQUIM (Reuters) - A China deve importar volumes recordes de soja em julho, atraída pelos preços mais baixos e pela perspectiva de Donald Trump voltar à presidência e reacender as tensões comerciais entre Pequim e os EUA, que já foi o principal fornecedor chinês da oleaginosa. O maior importador de soja do mundo registrou volumes mais altos nas últimas semanas, disseram traders e analistas. "Os importadores chineses de soja estão comprando volumes maiores, pois estão tentando se proteger o máximo possível de um possível aumento nas tarifas dos EUA se houver uma guerra comercial após as eleições norte-americanas", disse Vitor Pistoia, analista do Rabobank em Sydney. No entanto, é provável que o impacto de qualquer escalada comercial seja atenuado para os compradores chineses de soja, dada a queda na participação de mercado dos grãos norte-americanos que foi desencadeada durante a presidência de Trump. As tarifas do governo Trump sobre os produtos chineses provocaram uma retaliação de Pequim, incluindo uma tarifa de 25% sobre os grãos dos EUA, o que forçou os processadores de sementes oleaginosas a buscar cargas alternativas da América do Sul, reduzindo as exportações de soja dos EUA para a China para 16,6 milhões de toneladas em 2018, de 32,9 milhões de toneladas em 2017. Embora os EUA e a China tenham assinado um acordo em janeiro de 2020, no qual Pequim se comprometeu a comprar mais produtos agrícolas dos EUA, incluindo soja, os EUA cederam participação de mercado à medida que a ampla oferta de grãos brasileiros mais baratos se consolidou na China. No ano passado, o Brasil foi responsável por 70% das importações de soja da China, enquanto a participação dos EUA foi de 24%, apesar de os grãos norte-americanos não estarem mais sujeitos a impostos adicionais. CENÁRIO DE DEMANDA Os compradores chineses reservaram cerca de 12 milhões a 13 milhões de toneladas de soja para julho, de acordo com dois traders de Cingapura e dois analistas da China, em comparação com 9,73 milhões de toneladas embarcadas no mesmo mês do ano anterior. As importações de soja da China atingiram um recorde mensal de 12,02 milhões de toneladas em maio de 2023. "Olhando apenas para a demanda na China, as compras de julho teriam sido de 10 milhões de toneladas se não houvesse temor da guerra comercial", disse um dos traders, que não quis se identificar porque não estava autorizado a falar com a imprensa. As margens de esmagamento de soja da China estão negativas no mercado spot, mas devem se recuperar nos próximos meses com as expectativas de ampla demanda de ração animal, disseram os traders. Os preços baixos são um dos principais impulsionadores das compras da China, com os futuros de referência da soja em Chicago caindo para seu nível mais baixo desde 2020 na segunda-feira, devido às expectativas de abundante oferta mundial. Espera-se que a produção global de soja atinja um recorde histórico de 422,26 milhões de toneladas em 2024/25, acima das 395,91 milhões de toneladas produzidas no atual ano comercial, de acordo com estimativas do Departamento de Agricultura dos EUA. A maior parte das compras da China vem do Brasil. Luiz Fernando Roque, analista da consultoria brasileira Safras & Mercado, disse que um real mais fraco em relação ao dólar incentiva as exportações de soja. Ele não enxerga a perspectiva de Trump voltar ao cargo como um fator por enquanto a influenciar o mercado brasileiro. Ainda assim, disse ele, "a vitória de Trump parece cada vez mais iminente, e isso traz riscos para a China, dado o que já aconteceu em seu primeiro mandato". (Reportagem de Naveen Thukral; reportagens adicionais de Roberto Samora e Ana Mano em São Paulo) Fonte: https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/soja/379922-china-deve-ter-importacao-recorde-de-soja-em-julho-com-precos-baixos-e-temor-comercial-sobre-trump.html

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Aseca que atinge o Mato Grosso do Sul este ano deve reduzir em 19,23% o volume de produção do milho safrinha no Estado, para 11,5 milhões de toneladas, com uma produtividade 14,25% menor quando comparado ao mesmo período do ano passado, de 86,3 sacas por hectare. Os números constam no Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (SIGA-MS), levantamento feito pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) em parceria com a Associação de Produtores de Soja (Aprosoja) e Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famasul). Ao todo, 785 mil hectares de milho safrinha foram atingidos pela seca no Mato Grosso do Sul. Ainda de acordo com o relatório, os períodos de seca ocorreram entre março e abril, com 10 a 30 dias de estresse hídrico, e entre abril e junho, quando se passaram mais de 70 dias sem chuva. Até o último dia 21 de junho, 8,2% dos 2,2 milhões de hectares plantados com milho safrinha este ano já haviam sido colhidos no Estado, índice 7,38 pontos percentuais acima do observado em igual período do ano passado. Dentre as regiões em pior condição de desenvolvimento estão o sudoeste, sudeste, sul-fronteira e sul do Estado, com lavouras com até 50% de condições consideradas ruins. No oeste, centro, norte e nordeste, as condições são majoritariamente boas, variando de 55,9 a 85,8%, segundo a Semadesc. Com a menor produção, a previsão da secretaria é de que o milho colhido no Estado seja destinado majoritariamente para o mercado interno para alimentação animal e produção de etanol. "Teremos neste ano uma expansão de demanda no Estado. Nós acabamos de inaugurar a Neomille, em Maracaju e, ainda neste ano vamos inaugurar a segunda linha da Inpasa, em Sidrolândia. Além disso, temos o crescimento da demanda da suinocultura e da bovinocultura", destacou, em nota, o titular da pasta, o secretário Jaime Verruck. Fonte: https://agronoticia.com.br/noticia/23757/seca-deve-reduzir-em-quase-20-a-producao-de-milho-safrinha-em-ms.html

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Especialistas apontam clima e pragas com as causas e descartam problemas com adjuvantes Muitas regiões do Brasil estão enfrentando condições climáticas desfavoráveis para o desenvolvimento da segunda safra de milho e esperando perdas na produtividade decorrentes deste quadro que une poucas chuvas e temperaturas elevadas. Nessas localidades, como Paraná e Mato Grosso do Sul, por exemplo, os produtores estão encontrando espigas com problemas no desenvolvimento, encurtadas e com falhas nos grãos, como temos acompanhado diariamente no Realidades da Safra aqui no Notícias Agrícolas. Na visão do Engenheiro Agrônomo e Gerente da Área Técnica da KWS Sementes, Wagner Gusmão, este cenário de estiagem e altas temperaturas afetou o desenvolvimento das plantas em diversas etapas do crescimento, resultando em espigas como essas que temos visto. “Olhando as espigas e baseando-se na fisiologia da planta, houve um estresse na fase vegetativa do milho (V6 e V7), onde ocorre a definição do número de fileiras da espiga. Outro momento que isso pode ter acontecido foi na fase V12, momento em que há a definição do tamanho da espiga”, aponta Gusmão. Pesquisadores de Embrapa Milho e Sorgo também destacam o papel do clima adverso nessa situação. “O plantio no Paraná foi mais tardio e toda a espiga foi afetada. A polinização ocorreu normalmente no início da fase de desenvolvimento da espiga e depois veio o impacto climático”. Além do clima, outros fatores podem ter causado ou potencializado esses sintomas como o ataque de pragas na fase V3 e V4 quando ocorre a definição do potencial produtivo da planta (fase vegetativa). “Pelo clima quente, o pulgão demonstrou nesse ano uma maior infestação nas lavouras, lembrando que ele é o responsável pela transmissão do “vírus do mosaico comum”. Nesses casos, infelizmente, quando não ocorre o monitoramento e manejo o problema será identificado tardiamente, apenas na fase reprodutiva”, ressalta Gusmão. Causa por adjuvantes é descartada A hipótese de que esses problemas com as espigas de milho poderiam ser decorrentes do uso de adjuvantes nas lavouras surgiu nos Estados Unidos, onde a situação começou a ser registrada por volta do ano de 2007. Após isso, alguns estudos indicaram que a utilização de surfactantes não iônicos poderia levar a geração de etileno dentro da espiga, o que causaria este problema nos grãos. Responsável Químico da Sell Agro, Marcelo Hilário, explica, porém, que na prática essa hipótese seria impossível de ser verdadeira, uma vez que as condições necessárias para que isso acontecesse na lavoura seriam muito específicas e difíceis de serem atingidas. “Nós postulamos, com base na ciência, que para o surfactante não iônico gerar etileno na espiga ele deveria passar por reações químicas de altíssimas pressões e temperaturas para quebrar a cadeia e liberar o etileno. Então a questão é que se houvesse essa magnitude nas espigas não haveria nem milho em campo. Seriam necessários mais de 200 °C e mais de 5 atm de pressão”, explica Hilário. O químico ainda ressalta que, uma vez a explicação sendo quimicamente impossível, cabe aos pesquisadores buscarem explicações para o que acontece com as espigas nesses casos do ponto de vista agronômico. Fonte: https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/milho/379777-safrinha-milho-registra-encurtamento-de-espigas-e-problemas-com-os-graos-em-muitas-regioes.html

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Após as sucessivas quedas ao longo da primeira metade do ano, os preços do boi gordo coletados pelo Cepea têm tido uma maior dispersão nesta virada de semestre. Segundo pesquisadores do Cepea, agentes estão em busca de valores que se ajustem melhor às condições atuais de mercado. Levantamentos do Cepea mostram que a oferta de animais a pasto para abate diminuiu consideravelmente, ao mesmo tempo em que aumentam os lotes de confinamento no preenchimento das escalas. Daqui pra frente, pesquisadores do Cepea recomendam que sejam analisadas, além das estimativas de volumes confinados, as previsões climáticas e a tendência das exportações. O inverno terá influência do La Niña, com tempo seco e temperaturas acima da média previstas tanto para o Sudeste quanto para o Centro-Oeste. A oferta de pastagens, portanto, deverá ser escassa, conforme pesquisadores do Cepea. Os embarques, por sua vez, costumam se intensificar no segundo semestre, e, neste ano, além dos sucessivos recordes dos últimos meses, a valorização recente do dólar deve manter as vendas de carne brasileira em patamares elevados. Fonte: https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/boi/379725-boi-cepea-em-busca-de-ajuste-mercado-deve-avaliar-confinamento-clima-e-exportacao.html

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Produtores de 14 Estados prorrogaram R$ 3,1 bilhões em parcelas de crédito rural de investimentos com vencimento previsto para este ano. Foram adiadas prestações de 21,3 mil operações de financiamentos, segundo dados fornecidos pelo Banco Central a pedido da Globo Rural. Mais de 90% das dívidas alongadas são de produtores gaúchos e paranaenses. A medida foi criada pelo governo no fim de março como forma de antecipar soluções para uma possível "crise" em função dos efeitos do clima, sobretudo da falta de chuvas, na produção de soja, milho, carne e leite no Centro-Oeste, e da queda dos preços das commodities. Os Estados do Sul foram incluídos devido ao histórico de perdas por conta de secas. A adesão às prorrogações foi até 31 de maio. O alcance da medida foi limitado. A soma das parcelas passíveis de prorrogação passava de R$ 28,2 bilhões. Desses, R$ 20,7 bilhões eram referentes a operações com recursos equalizados, que geram custos ao Tesouro Nacional. Procurado pela reportagem, o governo não informou o valor das operações prorrogadas que têm subvenção federal nem qual será o custo dos adiamentos até o fechamento desta edição. Podiam ser prorrogadas prestações de produtores de soja, milho e pecuaristas de Goiás e Mato Grosso; de bovinocultura de carne e leite de Minas Gerais; de soja, milho e pecuária de leite de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina; de bovinocultura de carne de Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins; de soja, milho e bovinocultura de leite e de carne de Mato Grosso do Sul; e bovinocultura de leite do Espírito Santo e Rio de Janeiro. A lista dos pedidos foi liderada pelos gaúchos. Ao todo, mais de 16 mil operações contratadas por agricultores e pecuaristas do Rio Grande do Sul foram prorrogadas. O valor passou dos R$ 2 bilhões — mais da metade referente a empréstimos para a compra de máquinas, equipamentos, tratores, colheitadeira. Na sequência, aparecem os paranaenses. Foram 4 mil operações prorrogadas, no valor de R$ 808 milhões. A maior parte dos empréstimos prorrogados também foi para a compra de máquinas e equipamentos. O ranking é completado por Santa Catarina, onde foram prorrogados 836 financiamentos de investimentos, com saldo de R$ 123,7 milhões. Nenhum produtor do Amapá, Amazonas e Espírito Santo pediu prorrogação. No Centro-Oeste, onde o clima gerava preocupação no governo, poucos produtores aderiram. Várias reuniões foram feitas em Brasília para analisar o impacto da seca na produção e a necessidade de uma medida mais ampla para dirimir os efeitos da possível quebra na colheita. Em Mato Grosso, 194 produtores solicitaram prorrogação dos investimentos. As parcelas somam apenas R$ 84,7 milhões. Em Mato Grosso do Sul, foram 185 prorrogações no valor de R$ 73,2 milhões. Já em Goiás, apenas 4 operações foram adiadas com saldo de R$ 5 milhões. No setor, a avaliação é que muitos produtores tentaram saldar ou carregar suas dívidas mais um pouco e aguardar por taxas mais atrativas no Plano Safra 24/25, para buscar crédito novo. "Abrimos a possibilidade de fazer a prorrogação. Se o produtor não fez é porque não precisava", disse uma fonte do governo. A baixa adesão às prorrogações deve limitar o impacto da ação no orçamento para a equalização dos juros do próximo Plano Safra. O potencial de gastos totais para a União era de R$ 3,2 bilhões se todos os agricultores e pecuaristas elegíveis solicitassem a medida. A expectativa em Brasília era que metade desses possíveis beneficiários fosse aderir à medida, o que demandaria R$ 1,5 bilhão dos cofres públicos em alguns anos, o que não se confirmou. No voto do Conselho Monetário Nacional (CMN) que criou as regras para a prorrogação, o governo informou impacto estimado de R$ 3,2 bilhões se todos os beneficiários aderissem à medida, sendo R$ 1,6 bilhão da agricultura empresarial e outros R$ 1,6 bilhão da agricultura familiar. Fonte: https://agronoticia.com.br/noticia/23756/produtores-alongaram-rs-3-1-bi-em-parcelas-de-investimento.html