Começou nesta semana o chamado período de vazio sanitário da soja, no Paraná. De 10 de junho a 10 de setembro os produtores estão proibidos de plantar a oleaginosa. A medida busca combater os esporos do fungo causador da ferrugem asiática. No último ciclo foram registrados 58 casos da praga em lavouras paranaenses, ocupando a segunda posição nacional.
A portaria da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) ressalta que o período é importante porque interrompe o ciclo do causador da ferrugem asiática, que é um fungo biotrófico, ou seja, precisa da planta viva de soja para sobreviver. Esse período de vazio sanitário interrompe esse ciclo e reduz a incidência do fungo na hora que for ocorrer o plantio. A recomendação é que o produtor também elimine as plantas voluntárias, que nascem depois da colheita, aplicando um herbicida.
A medida busca frear a doença, uma vez que, sem plantas de soja no solo o fungo não se desenvolve e isso vai retardar o aparecimento na próxima safra. O produtor que não cumprir a determinação pode sofrer multas e até a interdição da propriedade.
De acordo com a Embrapa Soja a estimativa é de que o controle da ferrugem asiática, por safra, custe, em média, US$ 2,8 bilhões e se não for tratada pode consumir a produção em poucos dias. As estratégias de manejo da doença são: o vazio sanitário, a utilização de cultivares precoces, a semeadura no início da época recomendada, o uso de cultivares com genes de resistência e o uso de fungicidas.
Fonte: www.noticiasagricolas.com.br