Confirmando as expectativas do mercado, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe uma correção considerável nos números do milho da nova safra norte-americana diante de todos os problemas que vêm sendo ocasionados pelas adversidades climáticas. O efeito sobre as cotações do grão em Chicago é imediato é os ganhos entre os futuros passa de 2%.
SAFRA 2019/20
O departamento reduziu a área plantada de milho de 37,56 para 36,34 milhões de hectares, e a colhida de 34,56 para 33,35 milhões. A produtividade caiu para 173,64 sacas por hectare, enquanto o número de maio era de 184,11 scs/ha. Assim, a produção também foi corrigida de 381,78 para 347,49 milhões de toneladas.
Do mesmo modo, o USDA tirou também dos estoques finais, que passaram de 63,12 para 45,55 milhões de toneladas, e das exportações, corrigidas de 57,79 para 54,61 milhões de toneladas. As improtações, por sua vez, aumentaram de 890 mil para 1,27 milhão de toneladas.
As expectativas do mercado para os estoques finais de milho da safra nova dos EUA tinham média de 43,97 milhões de toneladas, variando entre 28,78 e 61,06 milhões de toneladas.
SAFRA 2018/19
Da safra 2018/19, o USDA revisou os estoques para cima, passando de 51,69 para 55,76 milhões de toneladas, também como já era esperado pelo mercado. Do mesmo modo, reduziu as expectativas para as exportações norte-americanas para 55,08 milhões de toneladas e reduziu o uso do cereal para produção de etanol para 138,44 milhões de toneladas.
As importações de milho dos EUA estimadas pelo USDA também foram reduzidas e ficaram em 890 mil toneladas.
MILHO MUNDO
A produção mundial de milho da safra velha subiu de 1.107,38 para 1.120,47 bilhão de toneladas, com aumento previstos para o Brasil - com 101 milhões de toneladas - e a Argentina - com 49 milhões. Assim, os estoques globais também foram revisados para cima, ficando em 325,38 milhões de toneladas.
Já na safra nova o USDA corrigiu para baixo diante da quebra severa nos EUA. A produção global caiu de 1.133,78 para 1.099,19 bilhão de toneladas. Assim, os estoques finais passaram de 314,71 para 290,52 milhões de toneladas.
Para o Brasil, o número da safra foi mantido em 101 milhões de toneladas, mas os estoques subiram para 8,31 milhões. As exportações se mantiveram em 34 milhões de toneladas.
A safra da Argentina, todavia, passou de 49 para 50 milhões de toneladas, enquanto os estoques foram corrigidos para menos e ficaram em 5,09 milhões de toneladas. As exportações foram estimadas em 33,5 milhões de toneladas, contra 32,5 milhões de maio.
USDA Junho Milho
SOJA
Se as mudanças foram drásticas para o milho, na soja as correções praticamente não apareceram e os números da safra nova ficaram inalterados. A produção 2019/20 ainda foi mantida em 112,94 milhões de toneladas, com produtividade de 55,48 sacas por hectare.
Entre as áreas plantada e colhidas foram mantidos, respectivamente, os números de 34,24 e 33,91 milhões de hectares.
A diferença veio apenas nos estoques finais norte-americanos, que subiram de 26,4 para 28,44 milhões de toneladas. O mercado esperava algo entre 22,45 e 36,63 milhões de toneladas, com média das expectativas de 26,86 milhões de toneladas.
SAFRA 2018/19
O USDA mexeu ainda nos estoques finais da safra velha, que ficaram em 29,12 milhões de toneladas, contra a estimativa de maio de 27,08 milhões de toneladas. Além disso, reduziram as exportações norte-americanas de 48,31 para 46,27 milhões de toneladas.
SOJA MUNDO
No quadro mundial, a soja teve a produção 2018/19 mantida em 362,08 milhões de toneladas, mas os estoques caíram para 112,8 milhões. As safras do Brasil e da Argentina foram mantidas em 117 e 56 milhões de toneladas. Já os estoques argentinos foram revisados para baixo e ficaram em 29,45 milhões de toneladas.
Sobre a China, as importações foram mantidas em 86 milhões de toneladas, enquanto os estoques finais foram corrigidos para 21,2 milhões de toneladas.
Sobre a safra 2019/20, o USDA subiu ligeiramente sua estimativa no cenário global que foi de 355,66 para 355,79 milhões de toneladas. Os estoques, porém, passaram de 113,09 para 112,66 milhões de toneladas.
A produção brasileira está estimada em 123 milhões de toneladas, a da Argentina em 53 milhões. Para a China, projeção das importações é de 87 milhões de toneladas.
Fonte: www.noticiasagricolas.com.br