A produção de Feijão no Paraná deve ultrapassar 329 mil toneladas, o dobro das 160,4 mil toneladas colhidas no verão de 2024. Esse aumento foi impulsionado por um crescimento significativo na área plantada, que subiu 57% em relação aos 107,8 mil hectares da primeira safra 23/24. Até o momento, mais de 80% dos 169 mil hectares cultivados já foram colhidos, com produtividade variando entre 1.500 kg e 2.700 kg por hectare.
Entretanto, essa abundância gerou uma queda de 48% nos preços desde janeiro de 2024, reduzindo-os de R$ 329,53 para R$ 170,82. O impacto é especialmente sentido no mercado do Feijão-preto, que representa cerca de 70% da área plantada no estado. Essa tendência de baixa nos preços pode também refletir-se no consumidor final, com novas atualizações de preços no varejo previstas para divulgação na próxima semana pelo Deral/Seab-PR.
Contudo, preços baixos não necessariamente resultam em aumento de consumo, já que há um limite na demanda, que tende a ser menor em cenários de produção excessiva. Além disso, a falta de confiança em possíveis altas de preço faz com que os consumidores evitem estocar mais do que o necessário, agravando a situação.
Diante desse cenário, cada vez mais produtores e comerciantes têm buscado se associar ao IBRAFE para compreender melhor as mudanças no mercado. A principal estratégia agora é avaliar se devem suspender os plantios futuros ou investigar quais variedades de Feijão oferecem melhores oportunidades, seja no mercado interno ou para exportação.
Fonte: https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/feijao-e-graos-especiais/392591-ibrafe-precos-do-feijao-no-parana-caem-48.html