Novas tensões diplomáticas entre os Estados Unidos e a China trouxeram de volta o pessimismo sobre compras futuras da gigante asiática, o que é fundamental para recomposição de preços, indicou a T&F Consultoria Agroeconômica. Nesse cenário, o mercado de soja fechou com perdas, antes de gerar preocupações sobre o risco climático na região Centro-Oeste.
“Nesta quarta-feira a sessão de soja deixou os futuros de 1 a 5 3/4 centavos mais baixos. Julho fechou em 1/4 de um centavo antes do vencimento da próxima semana. Os futuros de farelo de soja também caíram no dia com perdas de US$ 1,50 a US$ 1,70/tonelada. Os futuros do óleo de soja estavam 30 a 33 pontos abaixo no sino de fechamento”, comenta a consultoria.
Um ganho acentuado de “4,3% na segunda-feira para a soja nº 1 de julho no mercado de Dalian, na China, aumentou o prêmio para os meses mais próximos. A soja de julho ficou em 5.841 yuan/MT (US$ 20,77/bu), um prêmio de 23,1% até setembro (a 4.746 yuan/MT -$16,88/bu)”, completa.
“Antes do relatório semanal de vendas de exportação desta quinta-feira, as estimativas comerciais são de 0,3-0,8 MMT de vendas de soja de safra antiga e 0,4-1 MT para nova safra. As vendas de farelo de soja estão estimadas entre 75.000 e 250.000 tons, com 5k a 25k tons para o óleo. Uma pesquisa de analistas de pré-relatório sugere que o mercado espera um corte de 0,7 MT para 123,3 MT para a produção brasileira”, indica.
A estimativa de julho da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) é de 120,9 milhões de toneladas, recorde de todos os tempos. “Os preços de exportação de óleo de soja da Argentina registraram uma alta em 3 meses de US$ 684,8/MT (2,2 c/lb) depois que a União Europeia comprou 3 cargas de biodiesel”, conclui.
Fonte: www.agrolink.com.br