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Soja cai mais de 1% em Chicago com China ausente dos EUA e ainda comprando forte no Brasil

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A ausência da demanda da China nos EUA pesou sobre o mercado da soja na Bolsa de Chicago nesta quinta-feira (5) e os futuros da oleaginosa perderam mais de 1% - ou mais de 10 pontos - entre os principais vencimentos nesta sessão. As cotações sentiram a pressão ainda da realização de lucros depois de três pregões consecutivos de alta na CBOT. Dessa forma, os preços cederam entre 9,75 e 10,25 pontos, com o março terminando o dia em US$ 8,89, o maio em US$ 8,97 e o julho/20 em US$ 9,05 por bushel. A soja norte-americana segue perdendo na disputa com a brasileira diante, principalmente, da vantagem cambial com qual conta o produto nacional. Mais competitiva, a soja do Brasil conta com uma desvalorização acumulada do real de aproximadamente 15% em 2020. Somente nesta quinta, a moeda americana subiu mais de 1% para renovar suas máximas históricas e passar dos R$ 4,64. Embora o mercado já conheça esta demanda mais lenta da China nos EUA, os números que vieram do boletim semanal do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) sobre as vendas para exportação do país preocuparam ainda mais os traders. O relatório mostrou que para a nação asiática foram apenas 6,012 mil toneladas, o menor volume semanal em cerca de seis meses. Ainda de acordo com os números, neste ano foram vendidas apenas 1,13 milhões de toneladas de soja dos EUA para a China, conta mais de 5 milhões no mesmo período do ano passado. Na semana encerrada em 27 de fevereiro, os EUA venderam 345 mil toneladas de soja da safra 2019/20, enquanto o mercado apostava em um intervalo de 500 mil a 1,025 milhão de toneladas. O volume é 2% maior do que o da semana anterior, porém, 35% menor do que o registrado na média das últimas quatro semanas. O México foi o maior comprador da oleaginosa americana. Em todo o ano comercial, as vendas dos EUA de soja chegam a 34.065,3 milhões de toneladas, abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior, quando mais de 39 milhões de toneladas já estavam comprometidas. No total, uma baixa de 13% no total deste ano em relação ao anterior. O USDA estima as exportações americanas de soja em 49,67 milhões de toneladas e para que este número seja alcançado, segundo cálculos da Agrinvest Commodities, a média das vendas semanais teria que subir para 600 mil toneladas, contras as atuais 450 mil. "A explicação para a lentidão do programa de exportações dos EUA vem da completa ausência da China nos EUA nas últimas cinco semanas. A China tem em seu nome apenas 12,2 milhões de toneladas de soja americana, contra 9,4 milhões no ano passado nessa mesma época. Apesar do crescimento, investidores esperavam muito mais, tendo em vista o compromisso da China de forte aumento das compras de produtos agrícolas americanos para 2020 e 2021", dizem os especialistas da Agrinvest. Fonte: noticiasagricolas.com.br