Pesticidas com o ativo glifosato podem ser usados na Alemanha por mais um ano até 15 de dezembro de 2020, sem restrições e requisitos, informou o "Spiegel" em sua nova edição. O Escritório Federal de Proteção ao Consumidor e Segurança Alimentar, subordinado ao Ministério da Agricultura, atribuiu sua decisão aos pedidos de aprovação dos fabricantes que não foram examinados a tempo. “Portanto, somos obrigados a estender isso sem controle”, afirmou.
"O fato de o governo federal estar estendendo a aprovação sem nenhuma declaração, mostra mais uma vez que a eliminação progressiva do glifosato prometida no acordo de coalizão é apenas um fardo irritante para Julia Klöckner e não um objetivo sério ", disse o Membro do Bundestag e o especialista em agricultura, Harald Ebner.
O Ministério respondeu que o objetivo eliminar o pesticida das lavouras alemãs. Ao mesmo tempo, a indústria está exercendo pressão em Bruxelas para impedir que o ingrediente ativo glifosato seja banido em toda a União Europeia. O "Grupo de Renovação de Glifosato" é composto por nove empresas, incluindo a Bayer, detentora da Monsando, que fabrica o herbicida Rondoup, um dos mais usados do mundo e que leva o glifosato em sua fórmula.
Na França, por outro lado, o escritório responsável proibiu 36 produtos que contenham glifosato para consumo após 2020, o que corresponde a quase três quartos do volume vendido em 2018. Somente no Brasil, são 110 os produtos comercializados com glifosato, de 29 empresas diferentes: foram 173 mil toneladas vendidas em 2017, três vezes mais do que o segundo agrotóxico mais comercializado, o 2,4-D.
Fonte: www.agrolink.com.br