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China ainda não confirma compras de até US$ 50 bi em produtos agrícolas dos EUA

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A China já está redigindo o texto da primeira fase do acordo com os Estados Unidos, noticiou a agência internacional Bloomberg nesta quinta-feira (17). O mercado vinha especulando a possibilidade de a primeira fase do acordo firmado na última sexta-feira, 11 de outubro, não se confirmar dada a falta de novas notícias sobre o avanço das negociações. No entanto, o o porta-voz do Ministério do Comércio chinês, Gao Feng, veio à mídia para dar mais detalhes de como a construção do texto está acontecendo, em uma operação bem próxima aos negociadores norte-americanos. "Os dois lados estão em processo de consulta e produção do texto da primeira fase do acordo e tendo discussões específicas no alinhamento da próxima fase", diz Feng, que completou dizendo ainda que a China está disposta a terminar com a guerra comercial e retirar todas as tarifas. Apesar disso, Feng se recusou a comentar os números informados pelo presidente americano Donald Trump na semana passada sobre um comprometimento da China em ampliar suas compras de produtos agrícolas norte-americanos para algo entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões. Afinal, a nação asiática não confirmou o montante. "As empresas chinesas aumentarão suas compras de produtos agrícolas americanos de acordo com as necessidades domésticas e os Estados Unidos criarão boas condições para essas compras", rafirmou o porta-voz chinês, reforçando ainda com os dados mais atuais sobre as últimas compras da China no mercado agrícola americano. Gao Feng completou afirmando que "o mercado chinês é enorme. O fim da guerra comercial o mais rápido possível e a abolição da imposição de tarifas conduzirão à expansão da cooperação bilateral em um campo econômico e comercial mais amplo, incluindo a agricultura". TARIFAS Boa parte das especulações dos especialistas e participantes do mercado neste momento frente à possibilidade de um acordo se dá sobre o futuro das tarifas colocadas em produtos dos dois países. E para alguns, Trump já teria entendido que as taxas adicionais são mais prejudiciais aos americanos e estaria, de fato, em busca de firmar um acordo com os chineses. E parte da 'fase um' do acordo, a qual já estaria sendo redigida, inclui um adiamento do aumento das tarifas de 25% para 30% que deveria ter acontecido na última terça-feira (15). Sobre o aumento previsto para 15 de dezembro, Trump ainda não anunciou sua decisão. "O governo projetou as tarifas para que a parcela inicial tenha muito mais impacto na China do que nos Estados Unidos. Os EUA construíram um algoritmo para garantir que 'as tarifas iniciais' maximizem a dor na China e minimizem a dor do consumidor americano. Mas, quanto mais tarifas você estabelecer, mais tarde você chegará àquelas que afetam mais os EUA do que a China e estamos chegando nesse momento", disse, ao South China Morning Post, Clete Willems, que foi membro do Conselho Econômico Nacional e assinte para assuntos de economia do presidente Trump. Do mesmo modo, como já vem sendo noticiado nesta semana, a China pede que os EUA levantem todas as tarifas impostas para haja um melhor e mais saudável ambiente de comércio para ambos. Porém, ainda segundo explica Willems, embora a área agrícola seja uma das peças-chave da disputa, é preciso olhar além das compras que podem fazer nos EUA. "A China se comprometeu a fazer mudanças sistêmicas em suas políticas agrícolas, medidas de segurança alimentar, biotecnologia - o que poderia ajudar nas exportações americanas de soja, a questão cambial, propriedade intelectual, coisas assim. Então, acredito que os dois precisam criar um ambiente em que possam, enfim, olhar para estes problemas mais compreensivamente", diz em entre ao South China Morning Post. Fonte: www.noticiasagricolas.com.br