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China descarta novas negociações com os EUA no curto prazo; soja cai forte na CBOT
A guerra comercial entre China e Estados Unidos continua se intensificando com os movimentos e declarações dos dois lados. A nação asiática, no entanto, já declarou que não possui mais interesse em negociar com Donald Trump no curto prazo, considerando que ao invés de negociações, o presidente americano estaria fazendo imposições, e afirmam que isso não irão aceitar.
Segundo publicações chinesas, uma nota do Partido Comunista chinês informa que "sem novos movimentos que mostrem que os Estados Unidos são sinceros, não tem sentido que seus líderes venham a Pequim para negociações comerciais". Mais do que isso, o porta-voz do Ministério do Comércio chinês afirmou não ter informações sobre a ida de negociadores americanas à China para mais conversas.
De outro lado, Steve Mnuchin, secretário do Tesouro americano, afirmou que "autoridades americanas provavelmente irão a Pequim em um futuro próximo para continuar as negociações comerciais. Na sequência, disse "não ter planos ainda de ir á China", segundo informou a
As reações dos mercados, como tem acontecido há meses, foram imediatas, com baixas consideráveis entre as commodities e índices acionários mundo a fora. Perto de 12h45 (horário de Brasília), os futuros da soja perdiam mais de 1% na Bolsa de Chicago - ou mais de 10 pontos nos principais contratos - diante desse temor de que as negociações entre China e EUA tenham, de fato, estagnado.
Assim, mais uma vez os olhos do mercado e dos investidores se voltam para a nova cúpula do G20, no final de junho no Japão, onde poderiam voltar a se encontrar Donald Trump e Xi Jinping. A certeza sobre esse novo encontro, porém, já não existe mais. Representantes do governo chinês já afirmaram, inclusive, que o país já não tem pressa para um acordo diante dos últimos acontecimentos, e que a postura da China se tornou muito mais rígida.
O porta-voz do governo, Gao Feng, disse que as conversas entre os dois países foram "seriamente feridas" depois do aumento das tensões e dos últimos movimentos em Washington.
Ainda segundo os especialistas da agência internacional Bloomberg, o que se observa também nos últimos dias é a abordagem da mídia estatal chinesa sobre o conflito com os EUA. Nesta sexta-feira, 17 de maio, a agência estatal chinesa divulgou em seu site um comentário de título "O bullying comercial de Washington: mentiras e falácias". O tom ficou bem mais duro e agressivo do que se observados os comentários das últimas semanas.
"Washington está promovendo uma campanha de intimidação na tentativa de coagir Pequim a engolir concessões comerciais que não pode aceitar.
Embora manejando uma grande quantidade de tarifas punitivas, o governo Trump também está tentando enganar a comunidade internacional, acreditando que a China é a culpada pelas tensões comerciais em curso.
A primeira mentira é que a China tem perseguido deliberadamente um enorme superávit comercial com os Estados Unidos".
Fonte: www.noticiasagricolas.com.br