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1,2% da área de soja dos EUA foi prejudicada pelo dicamba

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Um relatório da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, indicou que 1,2% da área de soja do país foi prejudicada pela deriva do herbicida dicamba, o que corresponde a cerca de 445 mil hectares. Informações publicadas no portal Agriculture dão conta de que os danos foram mais altos em Illinois, o estado que mais produz soja em solo norte-americano. Enquanto a Monsanto, empresa fabricante do dicamba, e outras revendedoras garantem que o fato foi impulsionado por um erro do operador no momento da pulverização, vários cientistas acusam a alta volatilidade do produto como sendo a principal culpada pelos estragos provados nas lavouras vizinhas. Para Kevin Bradley, autor do relatório, o herbicida pode evaporar no momento da aplicação e se espalhar para os outros campos, podendo causar prejuízos. “Como eu disse desde o início sobre toda essa questão, há grandes diferenças na perspectiva sobre a extensão desse problema e o que constitui o sucesso com essa tecnologia. Infelizmente, a perspectiva de uma pessoa sobre essa questão dentro da agricultura parece estar intimamente ligada à empresa em que você trabalha ou ao tipo de semente que você compra; um fato que me decepciona muito e, na minha opinião, é incrivelmente míope”, comenta. De acordo com o professor de agronomia da Iowa State University, Bob Hartzler, o número de queixas de produtores para as autoridades estaduais aumentaram consideravelmente se comparadas com o mesmo período do ano passado. Se até julho de 2017 o número de reclamações era de 82, no mesmo mês de 2018 já chegou a 121. “O aumento significativo de casos de agrotóxicos durante a primeira parte da estação indica um problema de manejo de pesticidas”, argumenta. A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) revisou suas regras sobre o dicamba. A instituição exigiu treinamento especial para aplicadores em 2017, além de limitar a hora do dia em que o dicamba pode ser usado e barrar as pulverizações quando os ventos excederem 10 mph.