O relatório quinzenal da consultoria argentina Pyagro, de Buenos Aires, registra que há mais motivos de baixa do que de alta no horizonte da soja. De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, que analisou esses números do informe, esses fatores são “mais pesados” do que os de que poderiam provocar uma possível elevação de cotações.
Entre os motivos elencados como fundamentos de baixa pela consultoria argentina Pyagro estão: Queda do trigo e do milho; Plantio praticamente finalizado; Acirramento do conflito com a China; e a represália do México às medidas protecionistas dos Estados Unidos.
Já entre os fatores computados como “fundamento de alta”, os argentinos apontam apenas dois: O primeiro são os menores estoques globais no nível mundial e dos EUA, e o segundo é a porcentagem de cultivos emergidos muito por abaixo do ano passado.
FUNDAMENTOS EUA
A soja norte-americana está 97% plantada, 90% emergida e com 73% de condições boas/excelentes, de acordo com o relatório semanal de acompanhamento das culturas do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA). Divulgado nesta segunda-feira (18.06), o reporte atesta que o plantio da soja está adiantado, pois nessa mesma época do ano passado estava 95% plantada, enquanto a média dos últimos cinco anos é de 91%.
O USDA registra também que 90% da área plantada já emergiu, contra 87% do ano passado e 81% da média dos últimos 5 anos, isto é, está realmente bem adiantada. Sobre as condições das lavouras, 73% estão em condições boas/excelentes, contra 74% da semana passada e 67% da mesma semana do ano passado.