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Alta do Dólar: Nada a comemorar na soja

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As cotações da soja tiveram nesta quinta-feira (07.06) um dia de ligeiras altas no mercado físico, com influência do Dólar subindo 2,28% e Chicago caindo 2,01%. De acordo com os índices do Cepea, apurados junto aos diversos participantes do mercado, em média os preços subiram 0,19% nos portos e 0,06% no interior do País. Segundo o analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica, o sojicultor brasileiro não tem o que comemorar com a forte alta de 2,28% do Dólar nesta quinta (que tocou R$ 3,93, algo inimaginável há alguns dias). Isso porque a disparada da moeda norte-americana foi praticamente anulada pela forte queda de Chicago de 2,01%. “E esta queda de Chicago não foi compensada com o correspondente aumento dos prêmios nos portos brasileiros, como deveria acontecer, por conta dos problemas de abastecimento de mercadorias nos armazéns portuários e da possibilidade de ‘demurrage’ nos embarques da soja brasileira. Houve apenas uma pequena elevação para os embarques de julho, mas agosto, setembro e fevereiro tiveram os prêmios reduzidos, voltando a crescer para março, abril e maio/19”, explica Pacheco. De acordo com ele, a principal razão da elevação do dólar foi a fragilidade da economia brasileira, tanto devido ao desabastecimento e à quebra da estrutura fiscal promovida pela greve dos caminhoneiros e seus desdobramentos, como pelas perspectivas eleitorais: “Com o crescimento de um candidato de esquerda, não comprometido com as contas públicas (ao contrário, está prometendo gastar mais)”. “De qualquer maneira, os preços no interior parecem ter mantido o equilíbrio, ficando nos mesmos níveis do dia anterior. Hoje assistimos, de uma corretora visitada, um agricultor fechar negócio a R$ 82,00 FOB pagamento em 01/7 e tinha a opção de R$ 89,50 no porto. Vimos também ofertas a R$ 84,00, mas sem resultado, por enquanto. Para a próxima safra os preços também estão sendo mantidos ao redor de R$ 80,00/saca e devem ser aproveitados em nossa opinião, porque contém embutidos lucros de aproximadamente 43%. E é sempre melhor um lucro na mão, seguro, do que uma expectativa que pode não se confirmar”, conclui. Fonte: www.agrolink.com.br