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Milho: Em Chicago, mercado recua mais de 2% nesta 2ª de olho no clima nos EUA e nas condições das lavouras
A segunda-feira (4) foi de forte queda aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da commodity ampliaram as perdas e finalizaram o dia com recuo de mais de 10 pontos, uma desvalorização de mais de 2%. O julho/18 fechou o dia a US$ 3,80 por bushel, enquanto o setembro/18 era cotado a US$ 3,89 por bushel. O dezembro/18 encerrou a sessão a US$ 4,01 por bushel.
Segundo dados reportados pela Reuters internacional, as cotações foram pressionadas negativamente pela perspectiva de clima favorável nos Estados Unidos e pela expectativa de boa classificação das lavouras no país. Além disso, as crescentes tensões comerciais entre a nação americana e a China também ajudaram na formação desse cenário.
"A safra está quase plantada e as avaliações são altas. O padrão climático ainda indica chuveiros regulares", destacou Rich Feltes, vice-presidente de pesquisa da RJ O'Brien em entrevista a Reuters.
O especialista ainda ressaltou que "as temperaturas mais quentes não são uma preocupação, já que nessa época do ano as temperaturas mais quentes são favoráveis, cenário que pode contribuir para a antecipação da polinização".
Até a semana anterior, cerca de 92% da área estimada para essa temporada já havia sido cultivada e 79% das plantações apresentavam boas ou excelentes condições. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualiza as informações da safra americana no final da tarde desta segunda-feira.
Em relação ao impasse entre as duas maiores potências mundiais, os chineses alertaram neste domingo sobre os riscos aos benefícios comerciais se os EUA impuser tarifas.
"Para implementar o consenso alcançado em Washington, os dois lados se comunicaram bem em várias áreas, como agricultura e energia, e fizeram progressos positivos e concretos", disse a agência de notícias estatal Xinhua, acrescentando que os detalhes estão sujeitos à "confirmação final por ambas as partes". conforme reportado pela Reuters.
Ainda hoje, o USDA divulgou seu boletim semanal de embarques. Na semana encerrada no dia 31 de maio, os embarques do cereal ficaram em 1.554,961 milhão de toneladas, dentro das apostas dos investidores entre 1,09 milhão a 1,6 milhão de toneladas.
Com o volume reportado, os embarques de milho totalizam 39.578,067 milhões de toneladas. No mesmo período do ano anterior, o volume estava em 44 milhões de toneladas.
Mercado brasileiro
De acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, o início da semana foi de ligeiras movimentações aos preços do cereal. Na região de São Gabriel do Oeste (MS), a saca caiu 3,33% e fechou o dia a R$ 29,00. Já em Rio do Sul (SC), a alta foi de 2,67%, com a saca a R$ 38,50.
A semana ainda deverá ser marcada por poucos negócios, conforme destacou o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze. "Os vendedores seguirão forçando para cima e os compradores esperando pela safrinha, onde aguardam por ofertas maiores", informou.
Inclusive, os trabalhos de colheita de milho safrinha já começaram no país. Em Mato Grosso, o maior estado produtor do cereal na segunda safra, cerca de 0,78% da área semeada já foi colhida até o momento. As informações são do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária).
Na última semana, a INTL FCStone reduziu 8,6% a produção do cereal, para 55,3 milhões de toneladas. Em maio, a projeção era de uma safrinha próxima de 60,5 milhões de toneladas.
Dólar
A moeda norte-americana terminou o dia a R$ 3,7434 na venda, com queda de 0,62%. "O câmbio acompanhou a trajetória da moeda norte-americana ante outras dividas no exterior e em dia de maior busca pelo risco", ressaltou a Reuters.
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