A desvalorização do peso argentino em relação ao dólar, que já chega a 12% neste mês e a 23% no acumulado do ano, se tornou a esperança dos produtores de soja e milho do país vizinho para reduzir as perdas que eles tiveram com a seca, tida como a pior dos últimos 70 anos. O colapso econômico levou o país a negociar com o Fundo Monetário Internacional (FMI) um socorro de US$ 30 bilhões.
A falta de chuvas entre novembro e março na Argentina deverá reduzir a safra de soja deste ano em 30% em relação à projeção inicial e, a de milho, em 18%. Com um dólar em alta, no entanto, os produtores poderão ter uma receita em pesos mais elevada com a exportação dos produtos, compensando, em parte, as perdas.
Segundo cálculos da Fundação Agropecuária para o Desenvolvimento da Argentina (Fada), o país ainda tem 52% da colheita total para vender, o que é considerado normal para essa época do ano.
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