A área econômica do governo analisa a possibilidade de redução da taxa de juros do crédito agrícola para o próximo Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2018/2019, que terá início no dia 1º de julho deste ano. “Estamos tentando chegar a um denominador comum, que seja bom para o produtor rural e que não comprometa o orçamento fiscal”, ressaltou o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Wilson Vaz de Araújo, na tarde desta terça-feira (8), após participar de audiência do ministro Blairo Maggi com o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, e representantes do Ministério da Fazenda e do Tesouro Nacional.
Quanto aos recursos a serem destinados para financiar a agricultura da próxima safra, o secretário disse que “tem que haver um equilíbrio entre o volume de recursos disponíveis e a taxa de juros”. Ele explica que, de um lado, houve queda da taxa Selic (taxa de referência básica de juros da economia) e da inflação. Mas disse que há outras variáveis como a fonte de recursos e o impacto no orçamento federal.
Vaz de Araújo explicou que, para chegar a um valor do plano rural, “o governo pondera a execução do ano anterior, a disponibilidade das fontes e a disponibilidade orçamentário para fazer a subvenção à taxa de juros”. De acordo com o secretário, a expectativa é que o desembolso do crédito rural na safra ainda em vigor (2017/2018) fique entre R$ 145 bilhões e R$ 150 bilhões, do montante total destinado que foi de R$ 188,3 bilhões.
O Ministério da Agricultura fará outras reuniões com a equipe econômica. O anúncio do PAP está previsto para ocorrer na primeira semana de junho, em Brasília.
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