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Soja: Preços sobem até 6,5% no Brasil somente nesta 3ª feira com rally na CBOT e dólar
O mercado da soja trabalhou durante todo o dia em campo positivo na Bolsa de Chicago e registrou bons avanços no início do dia, que passaram de 1% na sessão desta terça-feira (20). As cotações, porém, perderam parte da força no final da tarde e fecharam o pregão com altas entre os principais vencimentos de 4,75 a 5 pontos, ou de 0,46% a 0,49%. Assim, o contrato março/18 fechou com US$ 10,26 e o maio, US$ 10,37 por bushel. Nas máximas do dia, as posições alcançaram US$ 10,39 e US$ 10,50.
As altas observadas nesta volta de feriado para o mercado futuro norte-americano puxaram de forma significativa os preços no mercado brasileiro e ajudaram a dar mais ritmo aos negócios internamente, principalmente entre as exportações.
Somente nesta terça-feira, as referências no interior do Brasil subiram entre 0,75% e 6,45% e voltaram a ocupar o patamar dos R$ 60,00 por saca em quase todas as principais regiões produtoras do país. Em Ponta Grossa e Castro, ambas praças do Paraná, os indicativos chegaram a bater em R$ 73,00 e R$ 74,50, respectivamente.
Nos portos, os preços também subiram. Em Paranaguá, a soja disponível terminou o dia com R$ 77,00 por saca, marcando uma alta de 1,32%. Já em Rio Grande, R$ 76,60 e ganho de 1,86%, enquanto a referência para maio/18 foi a R$ 77,70, subindo 1,17%. Em Santos, o ganho foi ainda mais expressivo e o mercado bateu nos R$ 76,00 por saca.
O consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, porém, ressalta que neste momento em que a colheita caminha com mais ritmo no Brasil, parte dos produtores tem esperado para fechar novas vendas mais adiante, dando preferência à entrega dos contratos já firmados.
Dólar
A terça-feira foi também mais um dia de alta para o dólar e a conjunção de fatores trouxe ainda mais força para o avanço dos preços da soja no Brasil. A moeda americana subiu 0,63% para R$ 3,2555 e chegou aos R$ 3,2577 na máxima do dia. O engavetamento da proposta da reforma da Previdência no Congresso foi, mais uma vez, combustível para o movimento.
"O mercado já esperava o enterro da reforma", afirmou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva à agência de notícias Reuters, ao citar as cotações "comportadas" e a sintonia com o cenário externo neste pregão.
Fonte: www.noticiasagricolas.com.br