Observar a condição das lavouras no Paraná vai dando noção do estado.
À medida que se aproxima a conclusão dos trabalhos de colheita da safra de feijão, o Ibrafe (Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses) questiona se este é o momento de comercializar o que for colhido. “Não importa, seja produtor ou empacotador, a atenção está voltada totalmente para o Paraná”, desta a entidade mais representativa do setor de pulses no País.
“Observar a condição das lavouras no Paraná vai dando noção do estado das lavouras. Observar que apenas 13% da área foi colhida até o final da semana passada destaca que estamos 48% abaixo da média desde 2016. Há, portanto, um atraso preocupante. O percentual das lavouras comparadas ao histórico de 2016 até 2020 aponta que ruins estão 64% acima da média e boas trágicos 50% abaixo da média”, explica o presidente do Ibrafe, Marcelo Lüders.
“Olhando assim, contextualizado, entendemos o porquê das preocupações com aquelas lavouras”, destaca o dirigente. De acordo com ele, é importante “entender melhor o momento” que está ocorrendo com as lavouras e determinar o que realmente “fará toda a diferença e determinará se você vende ou compra já”.
Feijão nas manchetes
Como já era esperado, segue Lüders, o feijão vai ganhando manchetes negativas pelo viés do consumidor. “Repetem de forma irritante que ‘está caro’. Mas não explicam ao consumidor a razão disso acontecer. O que levou a subir? Com isso, a opinião pública se sente lograda”, reclama.
“É necessário que, onde pudermos, deixemos o registro: soja e milho são mais lucrativos e o que foi plantado de Feijão sofreu com a estiagem. A população merece que se dê uma satisfação à altura da expectativa que nossos consumidores merecem. Se não explicamos, teremos a opinião pública achando que isso é um complô de produtores que estão forçando a alta”, conclui o presidente do Ibrafe.
Fonte: https://www.agrolink.com.br/noticias/e-hora-de-vender-o-feijao-colhido-_450027.html.