A proporção de farelo de soja argentina nos mercados internacionais deve chegar a 39,9% na temporada 2020/21, o menor nível em duas décadas, segundo relatório da Bolsa Comercial de Rosário (BCR). As informações foram divulgadas pela TF Agroeconômica.
Segundo estimativas da BCR, a participação do Brasil permaneceria em torno de 25% e os EUA subiriam para 20% neste ciclo. "Embora a Argentina continue sendo o principal fornecedor de farelo de soja, com exportações estimadas para a temporada 2020/21 de cerca de 26,5 milhões de t, a participação relativa do nosso país no total mundial cairia para 39,9% pela primeira vez desde 2000/01", disse a BCR no relatório.
“Isso equivaleria a uma queda de dez pontos percentuais desde a alta registrada na temporada 2016/17, com o Brasil e os EUA como principais beneficiários do relatório. Para o óleo de soja, a Argentina deverá enviar 5,7 milhões de t de óleo na atual temporada de safra, representando 47% do comércio global. Isso se compara com as exportações de 5,4 milhões de t e uma participação de 45% do comércio global de óleo vegetal no ciclo anterior”, completa a TF.
A BCR também estimou que o Brasil e os EUA exportariam aproximadamente 1,2 milhão de t de óleo de soja na safra atual, o que representaria cada um 10% do comércio global. “No geral, o comércio internacional no segmento de óleo soja deve superar a marca de 12 milhões de t pela primeira vez na história este ano, representando um crescimento de 14% em relação à média embarcada na última década, disse a BCR”, conclui.
Fonte: www.agrolink.com.br