Santa Catarina se encontra em situação de estiagem desde junho de 2019.
Santa Catarina vive um período de forte estiagem que já causa grandes prejuízos no meio rural. Nesta terça-feira, 3, a Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural reuniu representantes das Associações de Municípios para avaliar os impactos em cada região. O encontro, de forma virtual, foi conduzido pelo secretário Ricardo de Gouvêa com o apoio da Federação Catarinense de Municípios (Fecam).
"Estamos em um momento de emergência. Mas nosso histórico mostra que a estiagem é um fator recorrente em Santa Catarina e precisamos pensar no futuro. Temos que investir na captação e armazenagem de água da chuva para viabilizar a atividade agrícola em nosso Estado. É importante ouvir a realidade e as demandas dos representantes das Associações de Municípios e também apresentar quais as ações que o Governo do Estado está tomando para apoiar o setor produtivo", destaca o secretário Ricardo de Gouvêa.
Santa Catarina se encontra em situação de estiagem desde junho de 2019 - com períodos mais amenos no primeiro semestre de 2020 e que volta a se agravar no segundo semestre. Na última semana, o Governo do Estado montou um Gabinete de Crise, composto pela secretaria de Estado da Agricultura; Instituto do Meio Ambiente (IMA); Secretaria Executiva do Meio Ambiente (Sema); Secretaria do Desenvolvimento Econômico; Defesa Civil e Epagri. A intenção é alinhar esforços e criar medidas para reduzir os impactos da seca no meio rural e urbano.
"Todos nós estamos mobilizados para agilizar a perfuração de poços artesianos, buscar recursos do Governo Federal e também apoiar os produtores rurais. Na Secretaria da Agricultura conseguimos abrir novas linhas de crédito a agricultores, para que eles possam investir na construção de poços artesianos, cisternas e sistemas de irrigação. Temos pressa e estamos tratando esse assunto com muita preocupação", ressalta o secretário.
As regiões Oeste, Meio-Oeste, Extremo-Oeste e Planalto Sul são as mais atingidas pela estiagem. Segundo o prefeito de São José do Cedro, Plinio de Castro, o maior desafio é o abastecimento de água para propriedades rurais. "Nossa região tem uma atividade muito forte na bovinocultura de leite, avicultura e suinocultura. Vivemos uma situação muito crítica, 100% dos nossos equipamentos estão trabalhando para minimizar os impactos da estiagem", afirma.
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