- Notícias
- Acessos: 80
Além da seca, altas temperaturas castigam café em Minas Gerais: Ibiraci já tem 30% de perda consolidada para 2021
Além da falta de volumes expressivos de chuva em Minas Gerais, as altas temperaturas também estão castigando o café no maior estado de produção do país. Após uma safra de alta produção e de qualidade acima da média, as condições do clima preocupam para a próxima produção, que naturalmente tende a ser de bienalidade baixa para o café tipo arábica no Brasil.
Na região de Ibiraci e Claraval, já é esperada uma quebra entre 30 e 40% para a próxima produção. O número faz parte do levantamento mais recente feito pelo Sindicato Rural que atende os dois municípios. Segundo o presidente Anivair Rodrigues, a expectativa de produção para 2021 fica entre 350 e 400 mil sacas, mas com a seca prolongada e as altas temperaturas, a região já tem consolidada uma baixa de pelo menos 30%. Em um ano de bienalidade alta, como foi 2020, os dois municípios juntos produziram cerca de 700 mil sacas de 60 quilos.
"No último final de semana de maio nós tivemos 8 mm de chuva e no dia 23 de Setembro, tivemos lugares que registraram mais 7 mm, nosso déficit hídrico está muito sério. A primeira florada abriu com essa última chuva, mas o calor intenso queimou a planta, nossa quebra vai ser muito grande", afirma Anivair. Ainda de acordo com o presidente, nem mesmo as lavouras adultas, que deveriam estar em estágio de recuperação após a alta produção, estão suportando as altas temperaturas.
O déficit hídrico no café já é considerado o mais severo dos últimos 20 anos, segundo dados da Fundação Procafé e atinge todas áreas de produção de Minas Gerais e também da Alta Mogiana, em Franca/SP. Agravando as condições dos cafezais, desde a semana passada a região enfrenta uma onda de calor intensa, com temperaturas acima dos 38 graus em boa parte da área de produção.
Além da seca, altas temperaturas castigam café em Minas Gerais: Ibiraci já tem 30% de perda consolidada para 2021
Publicado em 05/10/2020 11:20 e atualizado em 05/10/2020 12:211505 exibições
LOGO nalogo
Além da falta de volumes expressivos de chuva em Minas Gerais, as altas temperaturas também estão castigando o café no maior estado de produção do país. Após uma safra de alta produção e de qualidade acima da média, as condições do clima preocupam para a próxima produção, que naturalmente tende a ser de bienalidade baixa para o café tipo arábica no Brasil.
Na região de Ibiraci e Claraval, já é esperada uma quebra entre 30 e 40% para a próxima produção. O número faz parte do levantamento mais recente feito pelo Sindicato Rural que atende os dois municípios. Segundo o presidente Anivair Rodrigues, a expectativa de produção para 2021 fica entre 350 e 400 mil sacas, mas com a seca prolongada e as altas temperaturas, a região já tem consolidada uma baixa de pelo menos 30%. Em um ano de bienalidade alta, como foi 2020, os dois municípios juntos produziram cerca de 700 mil sacas de 60 quilos.
Café sofre com a seca em Ibiraci-MGCafé sofre com a seca em Ibiraci-MG
Falta de chuvas e temperaturas elevadas castigam cafezais em Minas Gerais
"No último final de semana de maio nós tivemos 8 mm de chuva e no dia 23 de Setembro, tivemos lugares que registraram mais 7 mm, nosso déficit hídrico está muito sério. A primeira florada abriu com essa última chuva, mas o calor intenso queimou a planta, nossa quebra vai ser muito grande", afirma Anivair. Ainda de acordo com o presidente, nem mesmo as lavouras adultas, que deveriam estar em estágio de recuperação após a alta produção, estão suportando as altas temperaturas.
O déficit hídrico no café já é considerado o mais severo dos últimos 20 anos, segundo dados da Fundação Procafé e atinge todas áreas de produção de Minas Gerais e também da Alta Mogiana, em Franca/SP. Agravando as condições dos cafezais, desde a semana passada a região enfrenta uma onda de calor intensa, com temperaturas acima dos 38 graus em boa parte da área de produção.
Em Muzambinho/MG, o produtor Alaor Elias da Silva, também sentiu os impactos das altas temperaturas dos últimos dias. A última chuva expressiva na lavoura foi registrada em abril, mas os baixos volumes registrados no mês passado foram suficientes para abertura da florada. "Antes não estava dando para ver o tamanho do problema, agora com esse calor podemos ver as condições reais da planta, agora está dando para ver o tamanho do estrago", comenta.
Alaor destaca que ainda é muito cedo para quantificar as perdas, mas com base em outros anos, o estado atual da lavoura indica que pelo menos 20% da sua produtividade no ano que vem já está comprometida. "Nós não temos irrigação aqui porque ficamos em um lugar mais alto, mas ainda assim estamos enfrentando esse problema de sol muito quente", comenta.
As previsões meteorológicas mais recentes começam a indicar um retorno mais efetivo das chuvas para Minas Gerais nos próximos dias, a preocupação no entanto, é com as altas temperaturas. "O problema é que se o sol continuar quente, o botão que ainda não abriu pode derreter e danificar a próxima florada", comenta.
Fonte: https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/cafe/270408-alem-da-seca-altas-temperaturas-castigam-cafe-em-minas-gerais-ibiraci-ja-tem-30-de-perda-consolidada.html#.X3xTj2hKjIU.