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Preço do milho registra mais um dia de quedas no Brasil nesta 4ªfeira

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A quarta-feira (02) chega ao final com os preços do milho novamente caindo no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, a única valorização foi percebida na praça de Brasília/DF (1,04% e preço de R$ 48,50). Já as desvalorizações apareceram em Campinas/SP (1,61% e preço de R$ 61,00), Porto Santos/SP (1,64% e preço de R$ 60,00), Itapetininga/SP, Cândido Mota/SP, Pato Branco/PR, Maracaju/MS, Amambaí/MS, Rio Verde/GO (1,96% e preço de R$ 50,00), Jataí/GO, Marechal Cândido Rondon/PR, Ubiratã/PR, Eldorado/MS, Cafelândia/PR e Londrina/PR (3% e preço de R$ 48,50). Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira O momento segue de preços para o milho é bastante atrativos para os produtores brasileiros. Na última terça-feira (01), o indicador Cepea fechou cotado à R$ 60,92, valor 63% maior do que o registrado há um ano, R$ 37,23, e 30% somente durante o pico de colheita da segunda safra, que era de R$ 46,96 no dia 15 de junho. Segundo o analista de mercado da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael, este é um momento propicio para que o produtor, que ainda tenha volumes disponíveis, participe do mercado e faça médias altas de preços. Isso porque não é possível prever as próximas movimentações das cotações. “O game está aberto”, destaca Rafael, que explica que as movimentações cambiais e os volumes de exportação irão definir o rumo dos preços, que podem subir ainda mais, caso a exportação atinja as projeções de 34 milhões de toneladas, ou cair bastante, no caso de exportações menores. O grande problema para o analista é que o Brasil não possui um levantamento preciso sobre os volumes exportados e já contratados para ajudar na definição dos preços. Com isso, a especulação ganha força, já que só é possível garantir as 12 milhões de toneladas já embarcadas até agosto e cerca de 5 ou 6 milhões nos lineups para setembro. B3 Os preços futuros do milho operaram durante toda a quarta-feira em baixa na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações negativas entre 2,44% e 4,18% por volta das 16h21 (horário de Brasília). O vencimento setembro/20 era cotado à R$ 57,40 com queda de 3,45%, o novembro/20 valia R$ 56,44 com desvalorização de 4,18%, o janeiro/21 era negociado por R$ 56,95 com perda de 3,61% e o março/21 tinha valor de R$ 56,00 com baixa de 2,44%. Acompanhando os contratos do cereal brasileiro, as movimentações cambiais também foram negativas para o dólar ante ao real neste dia. Por volta das 16h55 (horário de Brasília), a moeda americana caia 0,78% e era cotada à R$ 5,35. Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a pressão de baixa do dólar está influenciando nas cotações do cereal brasileiro, além do ritmo de exportações ter caído muito. “Não tem novos negócios saindo para exportação no milho brasileiro e com isso já começa-se a sentir que pode não faltar milho, pode sobrar milho no final do ano. A expectativa para agosto era passar de 7,5 milhões de toneladas, mas a realidade foi 6,5 milhões.. O acumulado das exportações deste ano está em 14 milhões de toneladas, enquanto o ano passado eram 22, então o ritmo esta mais lento. Como não existem novos negócios sendo fechados, os embarques que estão saindo são apenas os já contratados”, aponta Brandalizze. Na visão do analista, podemos ter chegado nos patamares máximos das cotações e cabe ao produtor ligar o sinal de alerta e ficar atento ao mercado daqui para frente. “O produtor que tem milho precisa ficar acompanhando, porque se o milho não sair para a exportação ele pode ficar no mercado interno e chegar ao fim do ano com muita gente que tem milho e o milho sem demanda, já que as indústrias se preparam agora, compram o que elas vão precisar pra trabalhar até o final do ano no setor de ração”, alerta. Fonte: www.noticiasagricolas.com.br